Investimentos na ferrovia “são importantes” para tornar CIM Cávado “competitiva”

A ferrovia, nomeadamente a ligação do Porto a Vigo através de comboio de alta velocidade,cuja execução irá para além 2026, ano limite para aplicação dos fundos de recuperação e resiliência da União Europeia, é para o presidente da CIM Cávado, Ricardo Rio, o investimento mais importante para a região na próxima década.

Os representantes dos seis concelhos que compõem a CIM, Amares, Barcelos, Esposende, Braga, Vila Verde e Terras de Bouro, reuniram-se, esta segunda-feira, no Altice Forum Braga, com o presidente da CCDR-N, António Cunha, para debater instrumentos de concretização da Estratégia Norte 2030.

“As infraestruturas ferroviárias são investimentos muito importantes para tornar o território mais acessível e competitivo. O projeto de criação de uma via mais rápida de ligação ao Porto, Lisboa, Norte de Portugal e Galiza é crucial para esta região, até por questões de sustentabilidade. Do ponto de vista de volume de investimento será o mais importante, mas há muitos outros investimentos importantes do ponto de vista ambiental, do apoio a políticas de habitação, áreas de acolhimento empresarial e a sua qualificação”, referiu Ricardo Rio. 


A CIM Cávado, frisou o responsável, ambiciona “continuar a ser a estrutura intermunicipal que tem um crescimento acima do do Norte do país e até de boa parte do território nacional, alicerçado na competitividade das empresas”.  A estrutura tem ainda como objetivo “assegurar uma coesão territorial, sendo o Cávado um excelente exemplo do que são as assimetrias, mas também apostar em áreas diferenciadoras, como a digitalização e sustentabilidade”. 



“A CIM do Cávado é das mais importantes da região Norte”


António Cunha evidenciou a necessidade de “haver um reforço e um programa regional que seja significativo do ponto de vista do seu montante financeiro, mas, sobretudo, que seja um programa em que as verbas que lhe estejam alocadas possam ser utilizadas naquilo que de facto são as estratégias das diferentes sub-regiões do Cávado”, podendo tantos as sub-regiões como a CCDR-N “ter autonomia para poder gerir de forma mais eficiente esses meios que são postos à disposição no contexto das políticas europeias”.

Para o presidente da CCDR-N, “a CIM do Cávado é das mais importantes da região Norte”. “Aqui, estão dois dos concelhos principais em termos de exportações, Braga e Barcelos, e é uma das CIM que tem um modelo económico razoavelmente diversificado entre os setores secundário e terciário”, tornando esta “uma CIM mais resiliente”. “Alguns dos maiores investimentos nacionais estão aqui, como o projeto Bosch, mas também um dos maiores projetos da região ao nível de investimento produtivo, numa empresa em Barqueiros, a Fibope, que teve financiamentos significativos. É uma das CIM onde a inovação e o investimento produtivo têm grande expressão”, apontou. 

As duas estruturas estão “a trabalhar conjuntamente no futuro” para o programa quadro 2021-2027, que necessita de “compreensão mútua dos interesses da região”. 

O presidente da CIM Cávado não poupou elogios à postura da CCDR-N, que diz ser “um verdadeiro exercício de concertação territorial”. “Gostaríamos que fosse feito por outro tipo de organismos, estar junto do território e envolver o território no processo de decisão, partilhando informação para que as soluções finais sejam o mais ajustadas às nossas necessidades”, acrescentou. 

No encontro, Ricardo Rio entregou a António Cunha um dossier com documentos relativos ao trabalho desenvolvido no âmbito do Cávado 2030.

Partilhe esta notícia
Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Music Hal
NO AR Music Hal A seguir: Abel Duarte às 08:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv