Cultura 17.07.2024 22H00
Jazz, Carminho e Abrunhosa na Noite Branca de Braga mais internacional de sempre
Entre 6 e 8 de setembro, a cidade apresenta um conjunto alargado de propostas culturais que preencherá ruas, praças e museus. Carminho e Pedro Abrunhosa são dois dos artistas cabeças de cartaz.
O verão ainda está a meio, mas Braga já se prepara para vestir-se de branco para acolher um dos maiores festivais de arte e cultura do ano. Entre 6 e 8 de setembro, a Noite Branca de Braga está de regresso com mais de 48 horas de programação, seis palcos e mais de 170 momentos culturais. A programação do evento foi apresentada esta quarta-feira à noite, no Posto de Turismo da cidade.
Em 2024, a programação volta-se para o mundo na edição mais internacional de sempre. Durante os três dias, vão passar pelos diversos espaços bracarenses artistas de Angola, Brasil, Chile, Espanha, França, Itália e muitos portugueses num diálogo intercultural entre a arte e a cidade.
Uma das novidades da edição deste ano é o Palco Jazz. Os jardins do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa vão servir de cenário para um ciclo de quatro concertos e um sunset, que convida “o público a sentar, tirar os sapatos e ouvir os ritmos do jazz com os pés na relva contemplando este estilo musical marcado pela improvisação”, ressalta a autarquia na nota de divulção do programa.
Concertos e festas agitam seis palcos instalados no centro da cidade
Além do Palco Jazz, outros cinco palcos chamam o público para contemplar artistas populares e as apresentação teatrais. Passam pelo Palco Pópulo no dia 6, Carminho e Os Quatro E Meia e, no dia 7, Bárbara Bandeira e Pedro Abrunhosa. O Palco Avenida será pisado por Van Zee e Bispo, no dia 6, Wet Bed Gang e Deejay Telio no dia 7, e, no último dia, Daniel Pereira de Cristo com um grande espetáculo de carreira.
Enquanto os palcos do Pópulo e da Avenida celebram a música portuguesa, o Palco Rossio e o da Praça Municipal apresentam uma programação multidisciplinar, com destaque para as artes performativas. Companhias de Portugal, França e Espanha prometem despertar a curiosidade e celebrar a pluralidade de formatos e a criatividade. Já no Palco Rossio da Sé, o destaque fica para os espetáculos das companhias francesa ‘Cie. POC’, espanhola ‘Rauxa Cia.’ e portuguesas ‘AbsurdA’ e ‘Erva Daninha e Daniel Seabra’.
Outro ícone cultural da cidade também não vai ficar de fora. O Theatro Circo recebe a banda Budda Power Blues que convida a Orquestra Comunitária de Blues para um concerto em celebração aos 20 anos de carreira do grupo, na sexta-feira, dia 6. No domingo, dia 8, a Orquestra Filarmónica Portuguesa apresenta 'Felizmente há Luar', numa primeira adaptação da obra para o mundo da ópera.
Museus e espaços culturais abertos durante o dia e no período noturno
Quem procura uma programação cultural e histórica, terá a oportunidade de visitar alguns espaços emblemáticos de Braga que são uma verdadeira montra da arte. Museus, galerias e outros espaços culturais voltam a oferecer oficinas de criação, serviços de mediação e visitas guiadas, todos de acesso gratuito.
No Palácio do Raio, a exposição Origem é a proposta do festival ‘Encontros da Imagem’, que se associam este ano à programação da Noite Branca. Já no Mercado Municipal, a artista bracarense Cândida Pinto apresenta a obra ‘A Viúva’, que evoca uma tradição pagã ancestral. Enquanto isso, as Termas Romanas levam ao público, pelo segundo ano consecutivo, uma ‘Silent Party’ durante o pôr do sol do sábado, dia 7.
Artistas do Chile, França e Portugal são convidados para nove instalações na cidade, numa galeria a céu aberto, promovendo ao longo de todo o evento um forte diálogo intercultural. Parte da programação da Noite Branca de Braga 2024, o projeto ‘UNFRAMED’, com curadoria conjunta da Aubhaus e da Circus Network, para a integração das obras em ambiente urbano, permitirá uma experiência democrática para artistas e público.
Uma vez mais, crianças e famílias têm acesso a uma programação específica, com visitas, oficinas e horas do conto.
Na Praça do Comércio estará instalado um micro festival, com cinema, jogos de rua e ilustração ao vivo e pinturas faciais. No INATEL, uma instalação dedicada aos bebés e famílias com oficinas sensoriais, focadas na interação entre luz, sombra e música.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura