Regional 21.07.2022 14H10
Junta e associação de pais não aceitam exclusão de 12 alunos na EB1 de Gualtar
Junta de Freguesia de Gualtar solicitou à DGEstE reunião com caráter de urgência. Soluções apresentadas ao Agrupamento de Escolas Carlos Amarante têm sido rejeitadas.
Doze alunos residentes na freguesia de Gualtar terão de se deslocar vários quilómetros por dia para frequentar o primeiro ano de escolaridade,depois de terem sido excluídos, por alegada falta de vagas, das listas de novas turmas da Escola Básica de Gualtar para o ano letivo 2022/2023.
A denúncia é feita pelo presidente da Junta de freguesia de Gualtar, João Vieira, que esta quinta-feira solicitou à DGEstE (Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares) uma reunião "com caráter de urgência". Diz que o que o preocupa neste momento é encontrar formas de resolver o problema, ainda que assuma que as soluções apresentadas ao Agrupamento de Escolas Carlos Amarante "foram sempre rejeitadas".
Aos microfones da RUM, o autarca sublinha que a decisão "não faz sentido" já que implicaria que, por exemplo, alguns pais com mais de um filho teriam de deixar os alunos em escolas diferentes, percorrendo até "vinte quilómetros por dia".
"Não se compreende. As pessoas que moram na nossa freguesia têm que ter resposta no nosso território", insiste João Vieira. "As famílias contactaram-nos e tiveram reuniões connosco. Exigem o mesmo tratamento que têm os restantes alunos da escola", acrescenta.
Para a Junta de Freguesia e para a Associação de Pais há soluções identificadas para resolver a situação, nomeadamente, o aumento do número de alunos por turma já que a escola de Gualtar ainda reúne condições para tal. Recorde-se que no ano passado, a Escola Básica de Gualtar abriu uma nova sala de aulas para permitir a constituição de mais uma turma.
O presidente daquela junta de freguesia refere que este estabelecimento de ensino "tem cada vez mais procura", daí que defenda também uma nova solução, a médio prazo, para responder às necessidades.