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Luís Pereira
Elsa Moura

Academia 20.11.2023 15H54

Luís Pereira é candidato à direção da AAUMinho

Escrito por Elsa Moura
Natural de Famalicão, tem 20 anos e é estudante do 2º ano do curso de Direito.
As primeiras declarações de Luís Pereira à RUM

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Luís Pereira, estudante no 2º ano da Licenciatura em Direito quer conquistar a Direção da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) para mostrar que “há uma alternativa” à atual liderança da estrutura estudantil, presidida por Margarida Isaías, que se recandidata ao cargo.


Esta segunda-feira, em declarações à RUM, o jovem de 20 anos afirma que “há uma comunidade de estudantes que sente que existem muitos problemas na universidade e que tem de haver uma alternativa” porque a resposta para a sua resolução só pode acontecer “com uma nova forma de lutar”.


Questionado sobre se esta é “uma candidatura contra o sistema”, o estudante de Direito recusa essa leitura, considerando que “é preciso definir uma posição reivindicativa e de luta e, acima de tudo, ter a coragem de lutar por posições que muitas vezes são totalmente abonadas pelos estudantes, como a luta contra a propina, a luta pela ação social escolar”, acrescenta.


Entre os “problemas partilhados e comuns que afetam os estudantes todos os dias”, o aluno de Direito sublinha a falta de camas em residências universitárias. “É um problema muito premente nesta altura. Estamos com 1299 camas ou perto, para cerca de vinte mil estudantes quando doze mil são estudantes deslocados”, critica.


"Estudar ainda acarreta enormes despesas. A nossa lista representa a verdadeira massa estudantil que sente os problemas"


Sobre a sua lista, aponta que reúne estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento, "estudantes que estão nas residências, que sentem ainda mais os constrangimentos financeiros". 

Aponta ainda uma “preocupação grande com os estudantes com necessidades especiais que, na sua opinião e pelos relatos que lhe chegam "são um bocadinho negligenciados dentro da própria universidade”. 

“A nossa ideia é criar uma lista que representa a verdadeira massa estudantil, uma lista de estudantes que sentem os problemas e que, muitas vezes, como é o meu caso, são forçados a trabalhar para conseguir pagar as propinas e o alojamento”, atira. Diz também que este é um ponto “muito importante”, reconhecendo que “há um entrave enorme ao ensino superior público, gratuito, de qualidade e democrático que a Constituição veicula". 

“Estudar ainda acarreta enormes despesas e muitos trabalhadores estudantes perdem muito do seu tempo, muito tempo de descanso, às vezes com condições de saúde mental degradadas por causa desta carga gigantesca e das próprias preocupações de se conseguem ou não manter-se no ensino superior”, denuncia.


As eleições para os órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho estão agendadas para o próximo dia 6 de dezembro. O período de apresentação de candidaturas terminou na noite deste domingo. 


Na corrida à direção surgem duas listas: uma encabeçada por Margarida Isaías, atual presidente e outra por Luís Pereira.

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