Academia 13.06.2024 12H00
Mais de 80 docentes e investigadores exigem corte de relações entre UMinho e Israel
Outra das reivindicações apresentadas no manifesto endereçado à equipa reitoral passa pela retirada de todas as insígnias de Israel nos campi.
Mais de 80 docentes e investigadores da Universidade do Minho exigem que a instituição suspenda as relações com o Estado e academias Israelitas.
O manifesto foi enviado esta terça-feira, 11 de junho, com caráter de urgência à reitoria e ao Conselho Geral da Universidade do Minho exigindo que a instituição tome uma posição “inequívoca e substantiva sobre o genocídio em Gaza”.
Ora, para o professor da Escola de Engenharia, Luís Soares Barbosa, não basta condenar o ataque. A reitoria terá de suspender relações com um Estado que descrevem como "terrorista" tal como aconteceu quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
"É uma pequena pressão que pode ser feita. Penso que temos obrigação de o fazer", declara.
O número de professores e investigadores que apoia a causa tem vindo a aumentar, de acordo com o docente do Departamento de Informática, que avançou aos microfones da RUM que pretendem ser recebidos pelo reitor da UMinho, de modo a explicar as motivações que levaram às cinco exigências apresentadas no manifesto, são elas: a suspensão de todas as relações com o Estado de Israel, disponibilidade para que assim que possível a UMinho apoie na reconstrução de instituições culturais e académicas da Palestina, retirada da bandeira e outras insígnias de Israel que estão expostas nos campi e um apelo para que a instituição de ensino superior minhota exerça, dentro da sua espera de influência, pressão para um cessar de fogo definitivo em Gaza.
O porta-voz diz estar confiante que na próxima reunião do Conselho Geral, agendada para 21 de junho, haverá da parte do órgão colegial máximo de governo e de decisão estratégica da instituição, uma posição clara sobre o tema. Caso contrário não está de parte o apoio aos alunos que se têm manifestado pela causa palestiniana.
"Estão a surgir várias iniciativas em diferentes escolas. É um movimento que está a efervescer dentro da UMinho para que não haja esta atitude de silêncio", alerta. Até ao momento a RUM não conseguiu chegar a contacto com a UMinho.