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Vanessa Batista / RUM
Vanessa Batista

Academia 22.09.2022 21H00

Investigadora da UMinho cria substituto ósseo seguro e com capacidade de regeneração

Escrito por Vanessa Batista
Helena Pereira, investigadora do Centro de Microssistemas Eletromecânicos (CMEMS) e aluna de doutoramento em Líderes para as Indústrias Tecnológicas da Escola de Engenharia, foi a convidada desta quinta-feira do UMinho I&D.

Mais seguros e sem necessidade de novas cirurgias. Helena Pereira, investigadora do Centro de Microssistemas Eletromecânicos (CMEMS) da Universidade do Minho, está a desenvolver substitutos ósseos com materiais bioativos que apresentam propriedades mecânicas semelhantes ao osso e, posteriormente, acabam por ser absorvidos naturalmente pelo corpo humano.


A aluna de doutoramento em Líderes para as Indústrias Tecnológicas da Escola de Engenharia, utiliza fosfatos de cálcio degradáveis, combinados com hidroxiapatita e beta-tricálcio de fosfato, para obter um substituto com dissolução controlada, compatível com a taxa de regeneração óssea, e elevadas propriedades mecânicas, equivalentes às do osso. A título de exemplo, um fémur pode demorar até 12 semanas até começar a regenerar-se.


A ideia é que, no futuro, seja possível criar soluções totalmente personalizáveis para as necessidades dos utentes, de modo a evitar novas cirurgias. "Nos Estados Unidos da América, 100 mil fraturas que são tratadas regressam aos hospitais por o implante ter falhado ou não estar à medida do paciente", afirma.


Questionada sobre a possibilidade desta nova tecnologia vir a ajudar no tratamento da osteoporose, a investigadora explica que esse não é o caminho, visto que o osso, nesta patologia está bastante fragilizado o que não acontece quer nos acidentes quer no caso de existirem tumores pois existem partes do osso que estão saudáveis.


Atualmente, a investigadora está a terminar os testes in vitro que têm apresentado resultados promissores. No próximo ano, a vencedora do 6º concurso Pitch de Investigação do Grupo Compostela de Universidades, na Suíça, acredita que será possível avançar com testes em animais. Neste momento, está também a ser preparada uma patente do "design em blocos" desta nova solução que poderá substituir o titânio, cobalto e crómio que têm revelado problemas como libertação de ferro e excessiva rigidez.

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