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Liliana Oliveira

Cultura 02.02.2025 09H29

Mário Laginha celebra Carlos Paredes a 21 de fevereiro no Theatro Circo

Escrito por Liliana Oliveira
Duo catalão Tarta Relena e a mais recente criação de Tiago Rodrigues também integram a programação de fevereiro da sala de espetáculos bracarense.

Um dos momentos mais aguardados, no mês de fevereiro, acontece no dia 21, dia em que Mário Laginha, a partir de uma encomenda do Theatro Circo, celebra o centenário de Carlos Paredes num tributo que promete uma interpretação inovadora e profundamente emotiva da obra do mestre da guitarra portuguesa. Em palco, Mário Laginha estará acompanhado por um quarteto de músicos excecionais: Julian Argüelles (saxofone), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Pereira (bateria). No mesmo palco, a riqueza harmónica do jazz encontra-se com a melancolia da música de Carlos Paredes. Este espetáculo, praticamente esgotado, faz parte das celebrações oficiais do Centenário de Nascimento de Carlos Paredes.


No dia seguinte, 22 de fevereiro, o duo catalão Tarta Relena regressa a Braga para apresentar o seu terceiro e mais recente disco, 'És pregunta'. Este projeto nasce em 2016 pela mão da soprano Helena Ros e da contralto Marta Torrella, dois timbres díspares, que em conjunto se abraçam numa polifonia de tonalidades graciosas e dissonantes. O ponto de partida é o cancioneiro mediterrânico, explorando o sagrado e o profano, com uma complexidade e subtilezas únicas. O concerto tem início às 21h30. 


Outro momento em destaque na programação de fevereiro do Theatro Circo, traz a Braga, a 27 e 28 de fevereiro, mais recente criação de Tiago Rodrigues, estreada em janeiro no NTGent – No Yogurt for the Dead. Neste espetáculo, o diretor artístico do Festival d'Avignon inspira-se numa história verídica sobre o seu pai, Rogério Rodrigues, um respeitado jornalista português, que começa a escrever um artigo de jornal nas últimas semanas de vida a partir de uma cama de hospital. Após o falecimento do pai, Tiago Rodrigues abriu o caderno e percebeu que continha apenas alguns rabiscos, semelhantes a desenhos abstratos de uma criança. Nesta peça, o encenador imagina as páginas não escritas, misturando memórias, canções ou fragmentos dos escritos do pai, construindo um espetáculo que pretende ser uma pequena vitória sobre a morte.


Antes disso, no próximo sábado, 8 de fevereiro, às 11:00 e às 15:00 de sábado, há sessões do espetáculo para a infância micro micro coisas, uma criação da Plataforma285.

Esta atividade explora as coisas pequenas, as mini, as micro, as quase invisíveis, e as que são mesmo invisíveis, mas que ocupam muito espaço, como os elefantes na sala. Através do teatro, da ilustração, da música eletrónica e da manipulação de objetos, entramos no universo do mínimo, do precioso e do delicado, procurando refletir sobre o que não se vê. Em cena, a intérprete Valentina Carvalho, acompanha Raimundo Cosme em mais uma aventura de deslumbramento e descoberta com interpretação em Língua Gestual Portuguesa integrada no espetáculo.


No dia 13, quinta-feira, às 18:30, o criador Mário Coelho irá partilhar ideias, experiências e pesquisas atuais, abrindo o diálogo para uma conversa informal entre artista e público em É possível respirar debaixo de água. Esta atividade está inserida no Formas de Fazer, um ciclo que propõe atividades paralelas aos espetáculos com o objetivo de criar um espaço de partilha de práticas, metodologias e formas de trabalho de artistas e coletivos que visitam o Theatro. A atividade é gratuita, mediante inscrição prévia em participacao@theatrocirco.com e tem como público-alvo profissionais, amadores, estudantes ou interessados em Artes Cénicas, desde que maiores de 14 anos.


Durante a manhã de sábado, dia 15, decorrem duas visitas guiadas ao Theatro Circo – às 11:00 em português e às 12:00 em inglês. Ao longo de cerca de 45 minutos, são revelados os bastidores e as histórias que deram forma a este espaço, oferecendo uma perspetiva única sobre o seu valor patrimonial e simbólico. Os bilhetes para as visitas estão disponíveis no dia das visitas na bilheteira física do Theatro Circo.

Ainda no dia 15, Quando eu morrer, vou fazer filmes no Inferno!, a mais recente criação de Mário Coelho, sobe ao palco da Sala Principal do Theatro Circo às 21:30. Esta obra intensa e provocadora desenrola-se num apartamento aparentemente normal, habitado por uma jovem rapariga, que é invadido por corpos que dançam e ocupam o seu espaço numa espécie de filme de terror. Do pânico à tragédia, entre maldições e recordações familiares, assistimos à festa que se faz no inferno.


Ao longo do mês, as noites de segunda-feira estão reservadas para o cinema: no dia 3 exibimos Os Chapéus de Chuva de Cherburgo, de Jacques Demy; no dia 10, A Semente do Figo Sagrado, de Mohammad Rasoulof; a dia 17 exibimos o vencedor do Grand Prix do Festival de Cannes de 2024 – Tudo o Que Imaginamos Como Luz, de Payal Kapadia; e no dia 24 é a vez de Banzo de Margarida Cardoso.

Os bilhetes para os espetáculos estão disponíveis no Theatro Circo, locais habituais, e online em https://www.bol.pt.

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