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Foto: PMM/RUM
Pedro Magalhães

Regional 23.08.2021 07H00

Mesmo no pico da pandemia, Pedriatria no Hospital de Braga manteve normal funcionamento 

Escrito por Pedro Magalhães
Serviço de Pediatria manteve atividade normal, ao contrário de outros no país que foram obrigados a apoiar no tratamento de doentes adultos com Covid-19.
Excertos da participação de Almerinda Barroso Pereira no programa "A Saúde tem Voz"

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A atividade no serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Braga manteve o seu normal funcionamento, mesmo durante os piores períodos da pandemia da Covid-19, revelou ontem a diretora do serviço, Almerinda Barroso Pereira, durante o programa "A Saúde tem Voz".


A especialista desvendou que mesmo "com uma redução muito grande de doentes na urgência pediátrica", fruto do facto de a "doença não afetar tanto as crianças", os 42 especialistas que compõem o serviço "não foram distribuídos" para outras áreas do hospital, tal como aconteceu noutras unidades hospitalares do país.


O serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Braga trata anualmente 62 mil crianças, entre consultas e urgências, sendo que as patologias mais frequentes são as infeções respiratórias e gastrointestinais. Durante a pandemia, o que mudou no serviço foi apenas a adaptação de "internamento, urgência, consulta e cuidados intermédios pediátricos" entre "circuitos para doentes Covid e não Covid".


No programa, Almerinda Barroso Pereira, que está no Hospital de Braga há 20 anos, disse ainda que a área de influência direta do serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital é o concelho de Braga, mas que para o tratamento de especialidades e de doentes mais críticos o raio de ação estende-se a todo o Minho e Alto Minho. 



Maior risco para as crianças no verão são os "atropelamentos e afogamentos"

A especialista aproveitou ainda a presença em "A Saúde tem Voz" para abordar o período de férias das crianças. A médica pediátrica sugeriu que as "rotinas devem ser quebradas" mas "sempre com orientação parental".


"É errado que uma criança, por estar em férias, esteja o dia todo em frente ao computador, ao telemóvel ou ao Ipad... as rotinas devem alterar-se mas para um convívio familiar, nunca devendo ser perdida a autoridade dos pais", assinalou a especialista, acrescentando que o regresso às aulas, sem controlo parental, pode ser mais complicado.


"Se houver um descontrolo total nas férias, se a criança puder fazer e comer o que lhe apetece, o regresso à escola e às regras será mais difícil", alertou, sugerindo ainda a aposta nos campos de férias, visto que o período de férias das crianças é substancialmente maior que o dos pais.


Para não ser perder o convívio ao ar livre, "podem fazer-se atividades de grupo através de associações ou de campos de férias em que as crianças vivem as férias não isoladas em casa mas sim vivendo a natureza".


Sobre os maiores riscos para as crianças durante o verão, Almerinda Barroso Pereira revela que é preciso estar atento aos acidentes como "afogamentos, atropelamentos e domésticos".

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