Moradores contestam ampliação das Goladas e reúnem com vereadora na próxima semana

Os moradores da zona residencial junto ao Pavilhão das Goladas, em S.Victor, continuam a protestar o projeto de requailificação que a Câmara tem para aquele recinto desportivo. Depois de uma reunião nas instalações do HC Braga, a 22 de fevereiro, os moradores voltaram a reunir, esta quinta-feira, no Conservatório Calouste Gulbenkian, com responsáveis da autarquia, para esclarecer e conhecer melhor o projeto.
Recorde-se que o Município de Braga vai investir 1,6 milhões de euros na requalificação deste equipamento, permitindo o aumento da capacidade lugares sentados, de 430 para 854. Para além da criação de instalações sanitárias, será concretizada a remodelação do acesso ao edifício que irá incluir a entrada principal, foyer, bilheteira e bar. A “grande novidade” recai sobre o facto do equipamento passar a contar com um novo piso, onde será criada uma área dedicada, em exclusivo, à Patinagem Artística. A empreitada prevê a ampliação dos balneários, a criação de mais um piso de uso exclusivo de modalidades amadoras, assim como balneários destinados aos árbitros e monitores, sala de primeiros socorros, gabinete de observações, ginásio, áreas técnicas e de serviço, sala de reuniões e secretaria.
Segundo Helena Queirós, morador naquela zona, a reunião desta quinta-feira não foi esclarecedora. A bracarense lamenta a ausência de responsáveis políticos, que, segundo a própria, são quem pode dar as respostas que os moradores procuram. “Veio uma chefe de divisão, que é uma técnica e, como tal, não nos pode dar as respostas que necessitamos sobre esta decisão política”, criticou. Ainda assim, surgiu a possibilidade de agendar uma reunião com a vereadora Sameiro Araújo, “na próxima semana”. Ainda sem data definida, este é um dos aspetos positivos da reunião, onde foi também dada a possibilidade aos moradores de ver o projeto, esta sexta-feira.
Helena Queirós lembra os problemas que a obra vai trazer aos habitantes daquela zona da freguesia, apontando o aumento do ruído como outra consequência da reabilitação que está a ser pensada.
Com o aumento da capacidade, “o jardim vai deixar de ter 25 metros para o pavilhão poder crescer um volume de nove metros”. “O jardim não permite apenas às crianças passear e praticar exercício, mas as árvores, que serão abatidas, são uma ajuda no que toca ao ruído”, referiu. Outra questão que preocupa os moradores é a falta de estacionamento, que já é escasso naquela zona, e que será ainda menor, com a possibilidade de mais pessoas assistirem aos jogos.
Contactada pela RUM, a veradora do Desporto, Sameiro Araújo, remete mais esclarecimentos para a próxima semana. A responsável receberá nos próximos dias os representantes dos moradores.
