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Liliana Oliveira

Regional 03.05.2021 15H41

Musealização da área arqueológica das Carvalheiras poderá arrancar no verão

Escrito por Liliana Oliveira
Câmara Municipal de Braga vai investir 2,7 milhões de euros. A proposta foi aprovada por unanimidade na reunião camarária desta segunda-feira.
Miguel Bandeira, Artur Feio e Bárbara Barros a propósito da musealização da área arqueológica das Carvalheiras

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A musealização da área arqueológica das Carvalheiras poderá arrancar até ao verão, caso não haja atrasos nos normais procedimentos, reconheceu esta segunda-feira, na reunião do executivo municipal, o vereador Miguel Bandeira.  O custo previsto ascende a 2,7 milhões de euros. Além da musealização e adequação à visita, o projeto contempla a criação de um centro interpretativo e de um parque verde para usufruto qualificado do espaço pelos cidadãos e desenvolvimento de actividades culturais e de lazer. "Vamos poder desfrutar da integralidade de um dos quarteirões de Bracara Augusta, associado a uma intervenção de requalificação do interior de todo o quarteirão onde está instalada, juntando mais 3.500 metros quadrados de área verde, que vão apoiar este núcleo museológico e o centro interpretativo", explicou o vereador do Património e Urbanismo.


O projeto mereceu o elogio dos partidos da oposição.  "Com a conotação de parque arqueológico, que começa com aquilo que já existe na colina de Maximinos e que agora, com este projeto, consegue ter continuidade física, ficamos, na cidade, com uma zona onde a caracterização arqueológica acaba por ter um impacto muito positivo", observa o vereador socialista Artur Feio. No entanto, alerta para o valor disponibilizado em orçamento, cerca de três milhões de euros, que lhe parece "manifestamente insuficiente". "Esta é a lógica de ter os projetos subavaliados, que resultam em derrapagens sucessivas", criticou. 


Ja Bárbara Barros, da CDU, saudou "um passo tão importante e uma aspiração que a cidade tem há muitos anos". "Temos vindo a propor a musealização daquela Ínsula com algum carácter de urgência, certos de que a musealização e a recuperação daquele quarteirão serão muito importantes para a valorização do património e abertura à cidade. Esperamos que a sua execução possa avançar o mais rápido possível para evitar o desgaste das ruínas e para que a cidade possa ter à sua disposição um centro interpretativo e um museu", finalizou. 


Na resposta, Miguel Bandeira lembrou que nem tudo depende da vontade da autarquia, havendo, por exemplo, um concurso público, "que pode ser objeto de contestação". 

Sem se comprometer com datas, o vereador aponta o verão como o momento desejável para o arranque da obra.


 A proposta foi aprovada por unanimidade na reunião camarária desta segunda-feira. A autarquia e a Universidade do Minho estão a trabalhar no projeto desde 2018. O prazo previsível de execução dos trabalhos é de um ano e meio.


Na mesma reunião foi aprovado, também por unanimidade, um acordo de cooperação entre o município e a UMinho, tendo em vista um projeto de valorização e adequação à visita do Núcleo Arqueológico de Santo António das Travessas.

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