O Barhaus, em Braga, acolhe, esta quinta-feira, mais uma sessão do PUBHD UMinho.

Uma das investigadoras presentes será Sílvia Gonçalves, que desenvolve neste momento a sua tese de Mestrado alusiva à Música e aos seus efeitos junto do público infantil.

“Para que serve a música? As crianças respondem” é mote para a investigação da professora de saxofone e, a este propósito, poderá “haver surpresas na sessão”, adianta Alexandra Nobre.

“Quando os alunos gostam do que estudam, aprendem melhor e estão mais motivados”, afirma a mestranda do Instituto de Educação da UMinho.

No trabalho de campo explorou a associação que os alunos estabelecem entre as funções sociais da música e o lugar que esta ocupa nas suas vidas. Os dados obtidos são cruzados com teorias da sociologia da música e, no final, a investigadora espera “enriquecer os modelos pedagógicos em vigor, refletir sobre as tipologias musicais estudadas, e até compreender a relação entre as funções sociais privilegiadas pelos alunos e futuras perspetivas laborais”.

Na mesma sessão, estará também Tiago Moreira, que desenvolve a sua tese de doutoramento, alusiva a duas áreas que poderão, à primeira vista, não ser directamente associadas: desporto e cancro da mama.

“E se no cancro da mama o médico prescrever ida ao ginásio?”. É a questão lançada pelo investigador, que aponta a prática de exercício físico regular como benéfica para a saúde. Até aqui nada de novo. No entanto, a teoria de Tiago Moreira aponta para doentes com cancro da mama, onde esse benefício pode ser ainda maior. 

O investigador estuda os efeitos da prática de exercício físico no tratamento do cancro da mama e quando concluir o seu projeto de doutoramento pretende apresentar um modelo de actuação que permita às mulheres vítimas do cancro da mama resistir aos efeitos dos tratamentos a que são submetidas (cansaço, enjoo, mal-estar e problemas cardíacos). A sua ideia é simples e baseia-se na prática regular de exercício físico a realizar durante o período dos tratamentos, adequando a cada situação um procedimento. A avaliação de cada mulher envolve trabalho conjunto (médico e preparador físico) e os indicadores são claros: “O exercício físico diminui as dificuldades, ameniza os efeitos secundários do tratamento e promove um aumento da qualidade de vida”.

80 investigadores já passaram pelo PUBHD UMinho e o interesse continua a crescer 

Pelo PUBHD UMinho já passaram, ao longo de 37 sessões, “80 investigadores”, mas o interesse em participar na sessão continua.

Apesar de haver PUBHD Lisboa, a Braga já chegam inscrições de investigadores da capital.

“Neste momento já temos uma lista de espera e estão sempre a inscreverem-se novas pessoas para apresentar, algumas nem são de Braga. A semana passada inscreveu-se uma senhora que está a fazer doutoramento em Lisboa e é curioso porque em Lisbao existe PUBHD”, comentou.

O PUBHD UMinho já apresentou à população o trabalho de 80 investigadores. Esta quinta-feira revela as investigações de mais dois, às 21h15 no Barhaus. A entrada é gratuita.