João Rodrigues afirma que seria “um desperdício não aproveitar este momento para ser candidato à Câmara Municipal de Braga”. Na primeira grande entrevista à RUM enquanto candidato da coligação Juntos por Braga às eleições autárquicas de 12 de outubro de 2025, o social democrata confidenciou que não tinha o sonho desde criança de ser presidente de câmara, mas que a experiência adquirida e o contexto atual o levaram a disponibilizar-se para dar seguimento ao trabalho da coligação iniciado em 2013 com Ricardo Rio, de saída por limitação de mandatos.

“Nós vamos tendo ao longo da vida uma série de experiências que nos vão conduzindo para determinados caminhos e que nos vão demonstrando que somos melhores ou piores em determinadas tarefas. Isto não é uma ideia que eu tenha percebido ao primeiro dia em que entrei na Câmara, se calhar se me fizessem esta pergunta há seis anos atrás eu não responderia da forma que estou a responder agora, mas os anos que fui passando na Câmara Municipal, o conhecimento que fui adquirindo, o contacto que fui tendo com as pessoas, o próprio conhecimento do território que ganhei principalmente nos últimos quatro anos é um conhecimento que eu considero absolutamente essencial para se exercer este cargo”, declarou.

Na mesma entrevista, o atual vereador da coligação repetiu por diversas vezes ser o candidato “mais preparado” para assumir a função e não deixou de atirar aos seus opositores já conhecidos, notando que, contrariamente aos adversários, o seu nome “foi o único que passou pela votação de centenas de pessoas”, pelos órgãos do partido. “Eu não conheço nenhum candidato em Braga que tenha passado por este processo, conheço até ao contrário, conheço quem seja candidato contra a vontade das pessoas que, aparentemente, iam escolher os candidatos à Câmara”, prosseguiu.

Já sobre os adversários e começando pelo candidato do PS, António Braga, João Rodrigues desvaloriza a idade do socialista, mas aponta ao que considera fragilidades do ponto de vista do conhecimento e interesse pelo concelho de Braga, uma vez que esteve afastado da vida política durante mais de uma década.

“Não é um problema para ele ser mais velho, assim como não será um problema para mim ser mais novo. A mim o que me interessa é saber, de facto, dessa tal preparação e do que estamos cá a fazer”, notou, mencionando que se trata de “uma candidatura de terceiro ou quarto nome” e de um protagonista que "não tem noção dos dossiers, não tem noção dos anseios da população, não percebe, não sabe". (...) "E tem-se comprovado isso pelas manifestações que tem tido até agora, não domina aquilo que é a ordem do dia”, denuncia.

Sobre outros adversários, João Rodrigues refere que a candidatura de Ricardo Silva "só é independente porque reuniu com todos os partidos da esquerda à direita à exceção do PSD e não conseguiu assegurar o apoio de nenhum”.

Sobre o candidato da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, João Rodrigues acusa-o de se ter imposto em Braga depois de uma grande derrota eleitoral nas legislativas e de ter ficado sem espaço para continuar a gerir o partido.“Ele perdeu as eleições e precisou de um sítio. E, de repente, Braga passou a ser o local mais importante para Rui Rocha. Durante seis anos não se distinguiu nunca por querer saber de Braga”, argumenta.

Nesta mesma entrevista à RUM, João Rodrigues fala da sua experiência, das propostas, do trabalho em curso nas freguesias, mas também de temas mais polémicos, nomeadamente o caso Spinumviva ou a venda do Estádio Municipal de Braga.

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