Academia 28.04.2021 16H45
Condução totalmente autónoma pode estar à distância de cinco anos
Resultados intermédios dos programas Sensible Car e Factory of the Future, que resultam da parceria entre a UMinho e a Bosch, foram apresentados esta quarta-feira. Representante da empresa reconhece que não imagina "a Bosch em Braga sem a parceria da Universidade do Minho".
Uma condução totalmente autónoma pode estar à distância de quatro a cinco anos. A informação foi avançada, esta quarta-feira, por Carlos Ribas, representante da Bosch Portugal, na apresentação dos resultados intermédios dos programas Sensible Car e Factory of the Future, que resultam da parceria da UMinho com a multinacional alemã, que dura já há cerca de dez anos e conta com mais de 100 milhões de euros de investimento.
O programa Sensible Car encontra-se, neste momento, "no nível dois ou três", ou seja, numa fase em que "o carro já estaciona sozinho", mas, para chegarmos ao ponto em que a condução é totalmente autónoma e não requer nenhuma intervenção do condutor, é necessário chegarmos ao nível cinco, que poderá ser atingido dentro de "quatro a cinco anos". "Neste momento, estão a testar-se todas as soluções, que estão em fase de prototipagem", acrescentou. Já as tecnologias referentes ao Factory of the Future devem ser implementadas "no final do projeto", que termina este ano. Recorde-se que este programa visa responder aos desafios da competitividade da empresa na atração dos principais projetos de industrialização de novos produtos do grupo BOSCH, pelo aumento dos níveis de produtividade, eficiência, flexibilidade e qualidade da fábrica.
"Não estou a ver a Bosch em Braga sem a parceria da Universidade do Minho"
O sucesso da parceria que a UMinho estabeleceu com a Bosch foi evidenciado por ambas as partes. Para o reitor da academia minhota, Rui Vieira de Castro, "é já visível a qualidade do trabalho que está a ser realizado". "Os resultados são fascinantes e importantes na tradução em produtos e processos que contribuem para alterar e facilitar o nosso quotidiano, contribui para emprego qualificado, para resultados cientificos e é conhecido o impacto que tem também na atividade da Bosch, seja ao nível do crescimento do número de trabalhadores ou do volume de vendas da empresa", apontou o reitor.
A parceria permitiu já a contratação de cerca de 60 novos colaboradores para a Bosch e 70 investigadores para a academia minhota. Carlos Ribas evidenciou até que "entre 80 a 90%" da mão-de-obra qualificada da empresa é Made in UMinho.
Carlos Ribas lembrou que "muitos dos projetos de inovação desenvolvidos com a UMinho já podem ser vistos em milhões de carros na estrada". "Temos muito a ganhar com o conhecimento da Universidade, que é, por excelência, a casa do conhecimento", acrescentou.
O talento que encontram na academia minhota e que levam para a fábrica permite "trazer riqueza para Portugal". "Não estou a ver a Bosch em Braga sem a UMinho", finalizou o representante português da multinacional alemã .
Rui Vieira de Castro mostrou vontade em "continuar este caminho de sucesso". A terceira fase da parceria termina este ano, mas "noso projetos virão". O caminho, que une a academia à indústria, leva-nos, por isso, ao futuro, onde inovação e eficiência serão a chave do sucesso.