O Planetário - Casa da Ciência de Braga vai levar a astronomia até as comunidades portuguesas de Moçambique e Timor Leste. A missão surge no âmbito do projeto “Code learning with astronomical ideias” (CODELASTRO), que será coordenado pelo bolseiro Henrique Cachetas do Centro Ciência Viva de Braga.

Segundo o Diretor do Centro Ciência Viva de Braga, João Vieira, o projeto pretende "através de pequenos "computadores", denominados “microbits”, com a Escola Portuguesa de Moçambique e com a Escola Portuguesa de Díli Ruy Cinatti (Timor Leste), desenvolver experiências ligadas à exploração espacial, de satélites, naves espaciais e astronomia".  

Todas as atividades serão realizadas à distância, devido à pandemia de covid-19, além disso não será possível utilizar telescópios devido à possível transmissão ocular do vírus SARS-COV-2.

A Casa da Ciência de Braga vai enviar para os dois países africanos cerca de 100 kits e manuais para cada uma das escolas. O Planetário vai utilizar a verba de 7.500 euros do IAU Office of Astronomy for Development para adquirir estes equipamentos.

O CODELASTRO será trabalhado com jovens a partir do 7º ano de escolaridade. O primeiro passo, de acordo com João Vieira, será dado no sentido de formar docentes e alguns estudantes. 

"Queremos criar estruturas de trabalho que permitam aos alunos ter acesso a software e outras ferramentas, de modo a potenciar o seu conhecimento", refere. No fundo, a equipa portuguesa pretende despertar o bichinho da astronomia, programação e computação junto destes docentes e jovens para que no futuro sejam capazes de desenvolver outros projetos no seio da comunidade.

A Casa da Ciência de Braga espera que este projeto venha a abrir portas para novas parcerias.