Nova sede AAUMinho vai resolver “em larguíssima medida necessidades dos grupos culturais”

O reitor da Universidade do Minho acredita que a nova sede da Associação Académica (AAUMinho) vai resolver em “larguíssima medida as necessidades dos grupos culturais tais como elas foram identificadas”. Esta posição surge na sequência de uma carta aberta endereçada ao responsável máximo da instituição de ensino superior minhota, assinada por Grupos e Associações Culturais da UMinho.
No documento pode ler-se que a AAUMinho e a reitoria propõem “a redução de 49 a 60% do espaço autónomo atual para os grupos desenvolverem a sua atividade”. Outra das problemáticas está relacionada com o facto de ter sido atribuído “um espaço livre a um grupo não pertencente ao Plenário dos Grupos Culturais da Universidade do Minho”, que, segundo o PGCUM, “nem sequer foi constituído legalmente como associação”.
Questionado pela RUM, o reitor sublinha que este é um projeto da responsabilidade da AAUMinho, logo não cabe à universidade tomar decisões sobre a distribuição de espaços na nova sede. Rui Vieira de Castro alerta que a associação dispõe de recursos financeiros limitados e a academia não tem condições de suprir necessidades a propósito da construção da sede para além do razoável. “Temos de ser capazes de ajustar aquilo que é a nossa ambição às condições reais para a sua concretização”, declara. Esta posição, de acordo com o adiantado à Universitária foi comunicada, em reunião, aos grupos culturais, ou seja, seria necessária uma partilha de espaços entre as associações, na medida em que caso contrário os custos da construção seriam “muito pesados”. O responsável acrescenta que o projeto da nova sede da AAUMinho é de “qualidade”.
A RUM tentou contactar o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Rui Oliveira, mas até ao momento não obteve resposta.
De frisar que os grupos culturais, na carta aberta, apelam a uma reflexão sobre as questões levantadas e ao envolvimento no assunto do “município e diversas instituições municipais, parceiros privados, possíveis mecenas, e se torne o projeto visível aos fundos europeus. Será melhor colocar um travão agora e repensar a ideia, do que arrancar com uma proposta que não cumprirá o seu propósito”, concluem.
