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Fotografia: Marcelo Hermsdorf/ RUM
Marcelo Hermsdorf

Legislativas 2025 09.05.2025 19H27

Novas residências universitárias em Braga e Guimarães ajudam, mas “não são o suficiente” para a CDU

Escrito por Marcelo Hermsdorf
Para a cabeça-de-lista por Braga, Sandra Cardoso, é preciso também garantir a gratuitidade do ensino superior e o reforço da ação social para evitar o “abandono académico”.
Alguns trechos da entrevista de Sandra Cardoso à RUM.

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A valorização e a democratização do ensino superior é uma das preocupações da CDU para as Legislativas de 18 de maio. Entre as propostas, a cabeça-de-lista pelo círculo de Braga, Sandra Cardoso, quer mais camas disponíveis nas residências universitárias e o fim das propinas.


Em entrevista à RUM, a comunista saúda a construção de duas novas residências universitárias na região, na antiga Fábrica Confiança, em Braga, e no espaço da antiga escola de Santa Luzia, em Guimarães, que garantiriam cerca de 900 camas. Mas, segundo a comunista este número “não será o suficiente” para responder aos estudantes deslocados da Universidade do Minho e do IPCA. Sandra Cardoso alerta também que é preciso ter atenção aos prazos do PRR para evitar a perda do financiamento “como no caso BRT”, em que a autarquia bracarense assumiu que vai levar em frente apenas uma das duas linhas previstas.


Outra proposta defendida pela Coligação Democrática Unitária é o fim das propinas, além do reforço da ação social, para garantir melhores bolsas para estudantes, para suportar “o aumento do custo de vida e da habitação”, que tem levado a um “abandono académico”. 


A habitação também se tornou um “flagelo em Portugal”. Para a cabeça-de-lista, para resolver este problema acredita ser necessário ter um “programa nacional para habitação, que visa construir e reabilitar e remodelar habitações públicas”, dedicando 1% do PIB. “Relativamente às rendas, uma maior estabilidade, que seria um período mínimo de dez anos na duração dos contratos, e regulação dos valores das rendas”.


“A saúde não é um negócio, porque o privado tem em vista o lucro”


A CDU é evidentemente contra uma parceria-público-privada para gestão do Hospital de Braga. Em entrevista à RUM, a cabeça-de-lista pelo círculo de Braga, Sandra Cardoso, apontou ainda a necessidade da construção de uma nova ala cirúrgica na unidade hospitalar bracarense.

Os resultados que nós queremos aqui ver não são em termos financeiros, tem que ser também em termos de prestação de cuidados


O Hospital de Braga esteve entre 2009 e 2021 sob PPP. Apesar de a gestão apresentar aumento de consultas e outros procedimentos, Sandra Cardoso vinca que “medicamentos deixaram de ser fornecidos e tratamentos foram negados durante este período”. “Assim é normal que se obtenha melhores resultados em termos financeiros”, referiu.


A comunista afirmou também que a construção de uma nova ala na unidade bracarense, “aprovada por unanimidade na assembleia municipal de Braga”, e que não foi seguido pelos deputados eleitos pelo círculo eleitoral, é essencial para o atendimento dos bracarenses. O que, para a candidata é “uma traição”.


Nos transportes, a aposta da CDU é na ferrovia para ligar os concelhos do quadrilátero urbano, apesar de dizer ser compatível o BRT que deve ligar Guimarães a Braga, mas alerta que para isso "era preciso que se concretizasse”.


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