“O Braga preparou-se para que não houvesse retrocessos com qualquer crise”

O presidente do Sporting de Braga considera que a construcção da segunda fase da Cidade Desportiva em plena pandemia é um sinal do trabalho desenvolvido pelo clube ao longo dos últimos anos. António Salvador visitou esta sexta-feira o espaço que conta com uma dimensão de 41 mil metros quadrados.


O arranque das obras da Cidade Desportiva, cuja primeira fase está concluída, aconteceu há quatro anos, sendo que, devido a um impasse nas negociações com a autarquia, proprietária do espaço, o projecto foi atrasado dois anos. A sua conclusão, na globalidade, está agora prevista para o fim de 2021.


Antecipando-se a qualquer questão sobre o facto de esta etapa da empreitada acontecer durante a pandemia – começou em Maio -, António Salvador refere que é “em momentos de crise que se apanham as oportunidades e que se devem dar passos em frente”.

O presidente dos minhotos acrescenta que, desta forma, o SC Braga “demonstra que se preparou ao longo dos últimos anos para que, independentemente de qualquer crise que viesse, pudesse continuar com o seus projectos e avançar com a sua estratégia sem retrocessos”.

A primeira fase da Cidade Desportiva teve o custo de 11 milhões de euros e a segunda implica um investimento de 17 milhões de euros. Além disso, está prevista a construção do Estádio Centenário, com capacidade para 2.400 espectadores, cuja obra orça os 5,5 milhões de euros.

Apesar de a Câmara Municipal ter cedido os terrenos referente à etapa inicial e de o SC Braga ter ficado com o direito de superfície do espaço destinado à segunda fase durante 75 anos, o líder dos minhotos destaca que se trata de um projecto “totalmente custeado pelo clube”.


Ricardo Rio elogia intervenção cirúrgica do SC Braga para curar um “cancro” da cidade

Entre outras valências, o projecto da segunda fase da Cidade Desportiva pressupõe a construção de um pavilhão gimnodesportivo, com uma dimensão de 5.720 metros quadrados e com capacidade para mil espectadores. Este equipamento ficará sediado no espaço inicialmente previsto para a piscina olímpica, que não foi concluída e que, por isso, estava ao abandono desde 2008.


O arquitecto Pedro Guimarães apelidou o projecto inacabado de um “cancro” na cidade. Pegando nas palavras do responsável pela obra da Cidade Desportiva, o presidente da Câmara Municipal de Braga, que também visitou o espaço, refere que essa empreitada desenhada, na altura, pelo executivo socialista “representa um dos maiores esbanjamentos de recursos públicos de que há memória na cidade de Braga”.


“Estamos a falar de projecto megalómano que se previa que iria custar 25 milhões de euros e, depois de se terem investido nove milhões, foi votado ao abandono”, acrescenta. Assim sendo, Ricardo Rio considera que a Cidade Desportiva será “uma mais valia” para o concelho, não só pela forma como vai permitir exponenciar ao máximo “o carácter eclético do clube”, mas também por representar “a reabilitação de um espaço” que estava sem rumo.


Além do pavilhão gimnodesportivo, a segunda fase da Cidade Desportiva prevê, entre outras valências, a construcção de um museu, uma área residencial com 50 quartos (total de 130 camas), uma loja do clube, uma área administrativa, escritórios da SAD, áreas residenciais e de lazer, um refeitório, um restaurante, um ginásio e um parque de estacionamento com capacidade para 250 lugares.

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Tiago Barquinha
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