Regional 15.10.2024 14H45
"INL precisa de melhorar a estrutura de gestão para que a inovação aconteça"
O físico brasileiro, Ado Jório de Vasconcelos, tomou posse como diretor-adjunto do instituto, esta segunda-feira.
É necessário fazer uma boa gestão interna e uma grande parceria com o setor produtivo. Foi com este conselho que Ado Jório de Vasconcelos tomou posse, esta segunda-feira, como novo diretor-adjunto do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).
Para o físico brasileiro de 52 anos, é preciso tornar as pesquisas que são realizadas no instituto atrativas para o setor produtivo. “É papel do INL fazer com que este caminho, entre os pesquisadores e todas as pessoas que vão efetivamente colocar isso na ‘prateleira’”, reiterou no seu discurso de tomada de posse. Para isso, garante ser preciso “fazer uma boa gestão interna” e ter parcerias com o “setor produtivo e industrial”.
Ado Jório de Vasconcelos destaca também a necessidade de ampliar o contacto e “cooperação científica” com as universidades. “A academia é essencial pelo fluxo de estudantes que trazem muitas novidades e garantem que as instituições não se tornam obsoletas”, atesta.
Clivia Sotomayor Torres, diretora-geral, com quem o físico brasileiro vai trabalhar diretamente, sublinha que o INL entra num "novo momento" e que a liderança de Ado Jório vai ser crucial para “posicionar o INL como um ator importante no panorama europeu da investigação e desenvolvimento”. A dirigente afirma a organização tem “expandido o impacto como centro mundial de inovação em nanotecnologia, auxiliando os Estados-Membros - Portugal e Espanha - para serem protagonistas dos avanços tecnológicos”.
"O começo de uma nova era para o INL" - Presidente da FCT
Para a presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Madalena Alves, o ano de 2024 marca “o começo de uma nova era para o INL”. A académica considera que a aproximação com os parceiros industriais "é fundamental para garantir investimento em novas ideias e inovações". Já a interligação com o mercado e a comunidade local é o “caminho a seguir”.
Para Ado Jório, não é papel do INL colocar o produto no mercado, mas há todo um ecossistema, “a cidade, região e Europa que deseja fazer uso da pesquisa que aqui vai ser desenvolvida”. Parceria esta que, segundo Clivia Sotomayor Torres, faz parte do “compromisso de ser uma parte integral da comunidade para o desenvolvimento do norte de Portugal, consolidando, assim, o impacto na comunidade”, refere.
Em representação da Câmara Municipal, a vereadora Olga Pereira aproveitou para sublinhar que Braga “é uma cidade que valoriza o conhecimento e a inovação e que se posiciona como um município atrativo do ponto de vista económico”.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura