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Vanessa Batista

Academia 22.06.2022 17H51

Obras completas e uma exposição para manter viva Maria Ondina Braga

Escrito por Vanessa Batista
 Programa de comemorações do centenário de Maria Ondina Braga contam com um colóquio internacional, um documentário e um espetáculo no Theatro Circo.

Uma exposição, o lançamento do primeiro volume das obras completas de Maria Ondina Braga e um colóquio internacional. Estas são algumas das iniciativas que marcam o centenário do nascimento da escritora bracarense.


A apresentação da programação teve lugar esta terça-feira à noite, na Galeria do Paço da Universidade do Minho, onde ficará patente, até 28 de julho, a exposição documental “Eu Vim Para Ver Terra: Maria Ondina Braga, um olhar nómada”. Trata-se de uma espécie de puzzle que liga as várias viagens aos quatro cantos do mundo de uma escritora aberta ao diferente e ao rosto do outro.


Em declarações à RUM, a curadora científica do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, Isabel Cristina Mateus, destaca o 3º Colóquio Internacional que terá como foco a "memória". A coordenadora frisa que apesar da autora ser pouco conhecida entre os minhotos e portugueses, é muito estudada e apreciada por leitores estrangeiros. Em colaboração com o Instituto Camões serão também difundidos guias e vídeos sobre a artista. 


A 13 de janeiro, data de aniversário de Maria Ondina Braga, está previsto um espetáculo da autoria de Luís Pipa, no Theatro Circo.


Nas palavras do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, a academia minhota através dos seus docentes e investigadores, tem feito um esforço importante na "manutenção da obra de Maria Ondina Braga viva". De frisar que o Museu Nogueira de Silva, sob chancela da UMinho, possui um espaço próprio dedicado à autora. 



Estátua de Sal, Passagem do Cabo e Vidas Vencidas são as obras que integram o I Volume das Obras Completas de Maria Ondina Braga.


No total, serão lançados sete volumes, sendo que a partir de 2023 a equipa pretende fazer chegar ao mercado, com a ajuda da Imprensa Nacional - Casa da Moeda, dois volumes anuais. 


Segundo Cândido Oliveira Martins, professor da Universidade Católica e editor responsável por este primeiro volume, as três obras escolhidas para o primeiro volume são de natureza “autobiográficas”, mas numa escrita "ficcional". Para o responsável, esta escritora do século XX continua atual, visto que se destaca pelo seu olhar global e pensamento muito compreensivo para com outras culturas.



Documentário será apresentado na Feira do Livro de Braga.


Para além da reapresentação deste primeiro volume de obras, o presidente do Município de Braga, anuncia que está prevista a estreia do filme documentário, especialmente encomendado pela autarquia, para as comemorações centenárias de Maria Ondina Braga, com o título “O que vêem os anjos”, com autoria de José Miguel Braga e com realização de Tiago Fernandes.


O filme reúne testemunhos de familiares e amigos da autora, lembrando passagens e marcas da sua obra literária. Convoca memórias, registos, imagens e passagens, pondo em relevo as origens, os sentidos da viagem e a vocação profundamente humana de uma escritora que se revelou mostrando as paisagens de um mundo diverso e os dramas da condição humana.


Ricardo Rio destacou também a intenção de dinamizar, junto de várias escolas do concelho, atividades de leitura das obras da escritora bracarense.

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