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João Cunha / Maria Medeiros
Ariana Azevedo

Academia 08.05.2025 19H03

Onde se ouve, se cuida e se representa. Teatro une comunidade e estudantes em Guimarães

Escrito por Ariana Azevedo
Estudantes de medicina da UMinho, moradores de habitações sociais geridas pela CASFIG e utentes do projeto 'Portas Abertas' uniram-se em palco para criar o espetáculo 'Cuidar', que esta tarde entrou em cena no auditório da UMinho, no campus de Azurém.
A RUM esteve num dos ensaios que antecedeu a apresentação do 'Cuidar':

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O que junta num auditório estudantes de medicina da Universidade do Minho, moradores das habitações sociais geridas pela CASFIG e utentes do projeto 'Portas Abertas'? O espetáculo 'Cuidar' reuniu todas estas pessoas em três semanas intensas de trabalho em conjunto. 


Resulta do primeiro processo de criação artística do projeto COMvivências, cuja diretora artística, e também encenadora da peça, é Manuela Ferreira. "Estamos a montar um espetáculo em três semanas, xom três ensaios por semana, de uma azáfama que se instala desde o primeiro momento”, descreve.


Para Francisca Portela, estudante do segundo ano de medicina na UMinho, o teatro surgiu como uma pausa. “Estudar medicina tem sido non-stop. Esta unidade curricular tem permitido sair da rotina e da nossa zona de conforto”.


Marco Oliveira, utente da Cruz Vermelha, está a reaprender a viver após 18 meses de internamento, mas também a experimentar o palco. “Nunca tinha feito semelhante coisa. Tem sido um emaranhado de emoções”.


A representação, garante Francisca Portela, exige "mente aberta". "Devem vir com a mente aberta, é uma coisa completamente fora do normal, nova, dinâmica, inovadora, boa oportunidade para conhecerem um bocadinho do nosso trabalho e o que é possível fazer com pessoas que não têm nada a ver com o teatro e que numa questão de três semanas construíram uma peça", explica. 


Com biombos a circular em palco e um ambiente de caos aparente, o que se constrói no 'Cuidar' é, acima de tudo, um lugar de encontro.


Este espetáculo, que esta tarde entrou em cena no auditório da UMinho, no campus de Azurém, surge no contexto do primeiro Laboratório de Criação do projeto COMvivências, promovido pela Paisagem Periférica Associação, no âmbito do programa Partis & Art for Change III, com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação “la Caixa”.

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