Os Verdes exigem respostas da parte do Ministério do Ambiente e da Ação Climática sobre a persistência das descargas poluentes no rio Vizela. O partido endereçou uma pergunta ao Ministério que tutela esta área na passada segunda-feira, 14 de Setembro. Este atentado à biodiversidade é cada vez mais frequente, sendo que foram registadas descargas a 17 e 19 de Julho, e no dia 30 de Agosto. O rio apresentou uma coloração vermelha e castanha assim como um intenso odor. A descarga terá tido origem na ETAR de Serzedo, em Guimarães.

Em primeiro lugar, a deputada Mariana Silva frisa que é premente entender se a ETAR de Serzedo tem a capacidade necessária de resposta. 

João Pedro Matos Fernandes confirmou, em declarações à comunicação social, que o caudal “muito reduzido” do rio Vizela não permite que haja uma melhor diluição do efluente tratado na ETAR de Serzedo, meio recetor, de modo a evitar a coloração da água.

Os Verdes querem saber também quais as conclusões das análises à água do rio Vizela, de modo a perceber se as descargas poluentes têm origem apenas na ETAR de Serzedo ou podem ter ligação à zona industrial da região. A deputada adianta que tanto o Ministério como a Águas do Norte dizem não haver problema com a coloração da água.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática terá de dar esclarecimentos também sobre os planos previstos para a recuperação ambiental das áreas envolventes ao Rio Vizela. A deputada defende que o afluente deve ser "devolvido às populações".