Pais de Braga recusam levar marmita para amas da Segurança Social

Em Braga, pais com filhos nas amas da Segurança Social promovem ao longo desta manhã um protesto junto ao Centro Distrital da Segurança Social de Braga. Em causa a obrigação recente de levarem de casa comida para os filhos. 


A medida já está em vigor desde 2019 na maior parte do país, mas só a partir desta sexta-feira se inicia em Braga. Não agrada a este conjunto de pais bracarenses que contestam o facto dos mais novos serem obrigados, nesta fase precoce, a alimentarem-se com comida aquecida no microondas.


Raquel Galego, com um filho de dois anos e meio, é uma das vozes que mais contesta a nova realidade. Sopa, prato e sobremesa sempre focaram assegurados pelas amas. A partir de hoje, os pais devem enviar a marmita com o almoço para as crianças. A principal preocupação é “a comida aquecida no microondas”, explica esta mãe que considera que a medida “não faz sentido nenhum e é descabida” já que se tratam de crianças entre os seis meses e os três anos. 

Ouvida pela RUM, Raquel Galego alerta ainda que as crianças mais velhas, que já compreendem melhor, vão sentar-se à mesa e “comer cada uma algo diferente”, o que pode causar algum desconforto. “Há outra questão fundamental, crianças que estão a introduzir a alimentação a partir dos seis meses vão começar a comer comida aquecida”, atira. 

Assumindo que “qualquer luta é difícil”, considera que os pais com filhos nas amas da Segurança Social “não podem ficar calados”. Segundo a porta-voz, o descontentamento “é geral” e pelo menos mais de uma centena de pais não concorda com esta imposição.

A presidente da Associação dos Profissionais do Regime de Amas, Romana Sousa reconhece o desconforto, mas lembra que não se trata de uma novidade, uma vez que em quase todas as regiões do país é assim que funciona desde que a medida foi implementada, em 2019.  “Nem todos aceitaram e mantiveram esse processo. Por diferentes razões, as técnicas aceitaram que as amas continuassem a cozinhar, as famílias preferiram assim, e agora, de repente, vêm dizer às famílias que agora têm que levar a alimentação. As famílias não estão a gostar desta nova ideia que não é nova. A prática no país é que as amas não cozinham”, relata em declarações à Antena 1.

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Elsa Moura
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