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Vanessa Batista

Academia 24.11.2021 07H00

Países liderados por mulheres ou ditatoriais foram mais céleres no confinamento

Escrito por Vanessa Batista
Estudo das universidades  do Minho e de Roma foi publicado na revista "Open Economics".
Declarações do investigador do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais (NIPE) da UMinho, Paulo Reis Mourão, à RUM.

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Os países liderados por mulheres ou com regimes ditatoriais foram mais céleres a avançar para o confinamento devido à pandemia de covid-19. A conclusão é de um estudo das universidades do Minho e de Roma.

O trabalho segue em linha com uma pesquisa do Fórum Económico Mundial e do think tank Center for Economic Policy Research, em 149 países, durante as duas primeiras vagas de restrições, em 2020.


O estudo, da coautoria de Paulo Reis Mourão, investigador do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais (NIPE) da UMinho, foi publicado na revista “Open Economics”. O docente da Escola de Economia e Gestão da UMinho relaciona assim a gestão da pandemia a especificidades de género, a par de fatores como o saldo migratório, a transparência e a estabilidade política do país.


Angela Merkel (Alemanha), Erna Solberg (Noruega), Jacinda Ardern (Nova Zelândia), Mette Frederiksen (Dinamarca), Tsai Ing-wen (Taiwan) e Sanna Marin (Finlândia) foram algumas chefes de estado que sobressaíram. 


Segundo o investigador revela aos microfones da Universitária, os países que agiram de forma mais célere acabaram por ter uma "capacidade de resposta mais eficaz à medida que a pandemia evoluía". No que toca a custos económicos, esta decisão resultou numa "redução significativa do PIB e da evolução dos agregados associados". De qualquer modo, o que foi feito, no entender do responsável, "compensou" no sentido de dar uma maior "barcagem para os governos poderem acautelar um leque mais alargado de soluções".


Paulo Reis Mourão conclui que “parece haver alguma evidência que as líderes arriscaram menos nesta situação perigosa, procurando evitar a perda de vidas com ações pró-ativas, coordenadas e empáticas”.


De frisar que os regimes ditatoriais também foram dos que aplicaram bloqueios imediatos nas viagens. O impacto dos óbitos pelo SARS-COV-2 acelerou o confinamento geral, sobretudo a partir de três mortes por milhão de habitantes.


A equipa vai avançar com a segunda fase do estudo que será focado na quantificação dos custos económicos dos períodos de confinamento.

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