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Hugo Antunes / RUM
Vanessa Batista

Academia 04.05.2021 14H15

Pandemia não afasta comunidade das Dádivas de Sangue

Escrito por Vanessa Batista
"Heróis de capa negra" é o slogan deste ano da iniciativa organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho e o Instituto Português do Sangue e Transplantação.
A RUM auscultou, esta manhã, alguns dos voluntários que decidiram "dar vida" através do seu sangue.

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Já arrancaram as Dádivas de Sangue no campus de Gualtar da Universidade do Minho, em Braga. A iniciativa que surge com o slogan "Heróis de capa negra" é organizada pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) em parceria com o Instituto Português do Sangue e Transplantação. As portas abriram às 9h00, sendo que até às 10h50 já tinham passado pelo Pavilhão Desportivo de Gualtar 22 dadores. 


Devido à pandemia de covid-19, é obrigatória a medição da temperatura antes da entrada no edifício. Os voluntários passam depois por um processo de triagem em que são colocadas algumas questões para perceber se todos estão aptos a darem sangue. No final, a equipa oferece um lanche.


De realçar que o facto de ter contraído, caso seja o caso, o vírus SARS-COV-2 não impossibilita a doação. Basta ter tido alta e não ter qualquer sintoma há 15 dias.


Aos microfones da RUM a enfermeira do Instituto Português do Sangue e Transplantação no Centro Regional de Sangue do Porto, Maria João Fernandes, revela que são vários os alunos que pela primeira vez decidem dar sangue, apesar do momento "incerto que estamos a viver por causa da pandemia de covid-19". Em jeito de balanço afirma que o processo está a "correr bem", uma vez que se mantém a "vontade de ajudar". 


A equipa tem montadas seis camas para a recolha de sangue. Durante a tarde serão instaladas mais duas para dar resposta a uma maior procura, tendo em conta anos anteriores. 


Para a responsável estas ações nas instituições de ensino superior são fundamentais não só para "restabelecer as reservas de sangue" como para "angariar novos dadores".


Maria João Fernandes adianta que neste momento os níveis estão "estáveis", contudo o trabalho não pode parar. 


Até esta quarta-feira, 5 de Maio, as Dádivas de Sangue vão estar no Pavilhão Desportivo do Campus de Gualtar da Universidade do Minho, em Braga. Quinta-feira, 6 de Maio,  será a vez dos estudantes, docentes e trabalhadores do campus de Azurém contribuírem para esta causa. Os interessados podem realizar as suas dádivas entre as 9h e as 18h.



"Nunca se sabe quando vou ser eu a precisar".


Apesar de já ter terminado os estudos na Universidade do Minho, Emanuel Silva decidiu deslocar-se ao campus de Gualtar para uma vez mais fazer a diferença. "Desde o primeiro ano na universidade que vim sempre dar sangue ou em Braga ou em Guimarães. Nunca se sabe o dia de amanhã, um dia posso precisar ou algum familiar", refere.


Em apenas 10 minutos o processo está concluído. Aos jovens estudantes da academia minhota deixa a mensagem de que não custa ajudar o próximo. "É como levar uma vacina", afirma. 



Doar sangue é dar vida a alguém.


Fernanda Dias, funcionária na Escola de Economia e Gestão, participa, sempre que possível, nas Dádivas de Sangue, pois acredita que com este pequeno gesto está a ajudar alguém a "sobreviver". 


Esta caminhada começou há város anos trás no seio familiar, devido a um problema de saúde do progenitor. Como dadora universal, descreve o processo como uma forma de "dar vida a alguém". "Há muitas pessoas que precisam de ajuda. Não é só na nossa família ou ciclo de amigos", alerta. 


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