Paredes de Coura e a Galiza podem vir a ser um "novo polo de biotecnologia". A afirmação é do presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, em declarações à RUM.

A Zendal, empresa de biotecnologia sediada no O Porriño, na Galiza, está a construir uma unidade de produção industrial de vacinas no Parque Empresarial de Formariz, em Paredes de Coura. Trata-se de um investimento de 15 milhões de euros apoiado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, sendo que todo o processo foi acompanhado pelo Governo português.

A primeira fábrica da empresa, com cerca de 3 mil metros quadrados, ficará instalada num terreno de 50 mil metros quadrados. Para o presidente do Município de Paredes de Coura, esta parceria entre a Galiza e o norte de Portugal vai possibilitar a entrada do país "num núcleo muito restrito de países produtores de vacinas".

Segundo adianta o autarca aos microfones da Universitária, os trabalhos de construção estão praticamente terminados. Em meados de Agosto a empresa espera estar já a realizar testes aos equipamentos para que no final do ano esteja a "produzir".

O presidente declara que esta não será a única fábrica da Zendal em Paredes de Coura. Vítor Paulo frisa que "este é o início de outros investimentos", nomeadamente, em termos de produção de fármacos.

Mais cauteloso depois das declarações proferidas na 16ª sessão da Comunidade de Leitores da Rede de Casas do Conhecimento, esta quarta-feira, o autarca explica que a Zendal irá produzir "vários géneros de vacinas". Neste momento, está a trabalhar na patente de uma nova vacina contra a Tuberculose. Quanto à covid-19, diz agora que "não será o principal objetivo", mas sim um dos objetivos da Zendal que está em conversações com a Escola de Medicina da Universidade do Minho nesse sentido.

Recorde-se que esta quarta-feira, o presidente afirmou que "Paredes de Coura vai ter uma fábrica de vacinas e vai produzir vacinas contra a covid-19, quase de certeza absoluta".

Numa primeira fase a empresa vai empregar 70 pessoas, sendo que 50% dos cargos serão destinados a licenciados. O autarca reafirma que a empresa já começou a criar "pontes", em especial, com a Escola de Medicina da Universidade do Minho, no sentido de captar talento e saber para as suas investigações.