Cultura 19.10.2024 08H33
‘Passaporte Patromónio’ faz viagem cultural por 2 mil anos de história em Braga
O projeto foi apresentado esta sexta-feira e conta com mais de 70 locais a explorar na cidade dos arcebispos.
Incentivar a visita ao património bracarense desde o período pré-romano ao contemporâneo. É este o objetivo do ‘Passaporte Património’ lançado esta sexta-feira, na Sé Catedral.
A iniciativa, promovida pela Fundação Bracara Augusta desafia moradores, estudantes e visitantes a passar pelos cerca de 70 bens e sítios patrimoniais de Braga pertencentes aos vários períodos da história, desde o pré-romano ao contemporâneo. Com o passaporte em mãos, é possível viver uma “experiência única”, destaca a diretora Executiva da Fundação Bracara Augusta, Fátima Pereira, referindo que o ‘passaporte’ é “um suporte para uma viagem que terá mais de 2 mil anos de história”.
O projeto conta com mais de 70 locais a explorar, com a possibilidade de obter 42 carimbos dos equipamentos históricos e conta com mais de 40 desafios para completar. “Este é um ponto de partida que me parece interessante para com as crianças fazer essa viagem”, refere a responsável, destacando o interesse na participação dos mais jovens nos desafios.
Já o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, aponta que a iniciativa vem de encontro ao programa de valorização patrimonial do município e é “uma ilustração prática do trabalho realizado, não apenas indoor, das quatro instituições que compõem a Fundação, mas de conseguir agregar, mobilizar e envolver dezenas de instituições, de cariz público e privado”. Para o autarca, este projeto proporciona uma “experiência absolutamente enriquecedora”, para que moradores e visitantes possam fazer “uma jornada pelo património”.
Ao relembrar uma passagem da obra de José Saramago, em que o autor escreve “se quem a Braga vai ao museu não foi, Braga não conhece”, o Arcebispo de Braga aponta o número cada vez maior de turistas, como também “peregrinos e alguns turegrinos como dizem algumas pessoas, que é uma mistura de peregrinos e turistas”. D. José Cordeiro espera que a Sé de Braga, assim como acontece no Porto, torne-se um destino espiritual e cultural, destacando a importância de manter as portas das igrejas bracarenses abertas por mais tempo, e não apenas durante as eucaristias.
A participação de várias entidades públicas e privadas é o principal ativo desta iniciativa para o Presidente do Conselho de Administração da Fundação Bracara Augusta, Miguel Bandeira. A iniciativa vem para cumprir “o programa esatabelecido pelas Jornadas Europeias no Património, que este ano se dedicaram precisamente às rotas, às redes e às conexões”.
O ‘Passaporte Património’, que tem o formato de um pequeno livro, vai ter a sua versão física disponível para venda a partir da próxima semana nas livrarias da cidade, pelo valor de cinco euros.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Elsa Moura