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FOTO: S.GERALDO CULTURAL 2016
Elsa Moura

Regional 02.04.2024 23H47

Patologias estruturais obrigam a reformulação do projeto do S. Geraldo

Escrito por Elsa Moura
Novo atraso no processo tendo em vista o Media Arts Center foi explicado esta terça-feira pelo presidente da autarquia, Ricardo Rio, em reunião de executivo municipal.

O projeto inicial para a requalificação do S. Geraldo tendo em vista o Media Arts Center vai ser alterado depois de um estudo da Universidade do Minho (UMinho) ter identificado "patologias diversas que vão ter que ser corrigidas do ponto de vista estrutural". A novidade foi adiantada pelo presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, à margem da reunião de executivo desta terça-feira, que decorreu na sede da junta da Sé. As referidas patologias a corrigir respeitam ao antigo S. Geraldo e ao edifício do Pé Alado onde funciona a União de Freguesias de S. José de S. Lázaro e São João de Souto. Aqui, o espaço já não estava a ser utilizado na sua totalidade há vários meses, precisamente por questões de segurança.


Ricardo Rio esclareceu que os serviços do município já estão "a rever o projeto inicial" e que em curso continua o diálogo para a aquisição dos edifícios à Arquidiocese de Braga a quem o município já paga uma renda mensal que ascende os doze mil euros. Significa também que "timing inicialmente previsto não vai ser cumprido" apontando o lançamento do concurso público da obra"até ao último trimestre deste ano".


Ainda sobre o Pé Alado, "no imediato não é previsível que venha a ser utilizado na sua plenitude", fez saber o autarca. "Estamos a tentar envolver ambos os edifícios num processo negocial único e avançar com o projeto depois de reabilitação dos dois edifícios em simultâneo e avançar com o centro de media arts", disse ainda. Segundo Ricardo Rio "em causa estão opções construtivas adaptadas às novas circunstâncias" estimando que no final de setembro esta alteração ao projeto fique concluída.


Oposição critica arrastar do processo


O vereador da CDU, Vítor Rodrigues, diz não ter ficado surpreendido com a novidade já que "o edifício está há bastantes anos à espera de melhores dias". "Achamos que é importante que se recupere a infraestrutura para a cidade e para a finalidade cultural que se lhe atribuiu, salvaguardando as questões de segurança e patrimoniais", defende.


O tema do S. Geraldo tinha sido até levantado pelos socialistas, eles que foram mais críticos perante as afirmações de Ricardo Rio com Adolfo Macedo a afirmar mesmo que "a obra não saiu da estaca zero" em mais de sete anos. Antes, o vereador já tinha referido que "há dois anos e sete meses" que a resposta da maioria ao S. Geraldo "é sempre a mesma". Voltou a fazer contas e a referir agora que o município de Braga gastou em rendas até agora 853 mil euros e que deste valor, 561 mil euros foram gastos "para nada porque não podem ser aproveitados". "Isto leva-nos a pensar que o arrendamento do S. Geraldo é uma falácia", insistiu.


Recorde-se que a ambição de transformar o espaço propriedade da Arquidiocese em pleno coração da cidade surgiu publicamente em 2017.

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