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Pedro Magalhães

Regional 29.01.2020 16H29

Paulo Freitas do Amaral retira candidatura à concelhia do PS Guimarães

Escrito por Pedro Magalhães
Paulo Freitas do Amaral diz que foi ameaçado a retirar a candidatura. Comissão de Jurisdição recebeu denúncias de que a lista do antigo candidato tinha assinaturas falsas.
Paulo Freitas do Amaral e Alexandre Maciel em declarações à RUM

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Paulo Freitas do Amaral retirou a candidatura à liderança da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Guimarães. 


À RUM, o agora ex-candidato diz que tomou a decisão depois de ter sido "ameaçado pela Comissão de Jurisdição da Federação Distrital, constituída por elementos da lista de Joaquim Barreto, por alegadas irregularidades" na sua candidatura, acrescentando que o organismo distrital do partido o informou que, caso não se afastasse, "seria suspenso" da militância.


Alexandre Maciel, presidente da Comissão de Jurisdição da Federação Distrital, desmente qualquer coacção e refere que foi o próprio Paulo Freitas do Amaral quem, de livre vontade, desistiu da candidatura. O responsável explica que o organismo ao qual preside recebeu, na manhã de terça-feira, cinco denúncias escritas de militantes que desconheciam fazer parte da lista apresentada por Paulo Freitas do Amaral. A partir dessas denúncias de alegadas assinaturas falsas, a comissão decidiu abrir um processo de inquérito e contactar outros elementos da lista e concluiu que "havia um conjunto de situações de militantes que nem sabiam que eram do PS e de outros que eram mas que desconheciam também fazer parte da lista".


No decurso do processo, Alexandre Maciel revela que foi contactado por Paulo Freitas do Amaral, que "quando confrontado com os factos e com as denúncias, decidiu, autonomamente, sem ser pressionado ou coagido, desistir da candidatura".


As alegadas irregularidades na candidatura, defende-se Paulo Freitas do Amaral, "não têm fundamento". O ex-candidato assinala que apresentou uma lista de 75 assinaturas, quando são apenas necessárias 61, mas admite que pode ter existido algum equívoco com as datas das assinaturas. "Já trabalho nesta candidatura há muitos meses e há militantes que subscreveram a minha lista nessa altura. A Comissão de Jurisdição diz que alguns deles não tinham o tempo mínimo de militância".


A alegada coacção da Federação Distrital não é novidade, acusa Paulo Freitas do Amaral. "Já são inúmeros os casos de candidatos suspensos, de militantes de Fafe e Cabeceiras de Basto ou de casos como o do Jorge Faria, em Braga", acrescentando que tomou conhecimento de que a candidatura de Ricardo Costa à liderança da Federação Distrital também já estará a ser alvo de pressões internas. "Quem parece que se põe a jeito de uma candidatura é alvo de irregularidades", atira.


Apesar da desistência da candidatura, a Comissão de Jurisdição vai continuar com o processo de inquérito ao caso das alegadas assinaturas falsas na lista de Paulo Freitas do Amaral. Caso seja identificado algum responsável pelas alegadas irregularidades, que pode não ser o próprio Freitas do Amaral, o regulamento interno do partido prevê que o militante em causa possa ter uma repreensão por escrito, suspenso ou, no limite, expulso do PS.


Luís Soares é agora o único candidato às eleições concelhias do PS de Guimarães, agendadas para o dia 1 de Fevereiro, sábado, na sede do partido, situada no Largo do Toural.

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