Plataforma Salvar a Confiança sugere troca entre Confiança e Francisco Sanches
A Plataforma Salvar a Fábrica Confiança acusa a Câmara Municipal de Braga e a Universidade do Minho de desprezar o património da cidade dos arcebispos. Para os membros da plataforma, as duas entidades são “cúmplices no fachadismo”, isto porque até ao momento, segundo Cláudia Sil, nenhuma das partes demonstrou intenção de preservar o valor do imóvel em todas as suas componentes: “arquitetónica, arqueológica, sociológica e histórica”.
Em declarações à RUM, a representante defende que a construção de uma residência universitária pública, com cerca de 750 camas, não é a solução mais indicada para a antiga Fábrica Confiança.
Em declarações à RUM, a Plataforma, pela voz de Cláudia Sil, sugere uma troca de projetos: nascimento do centro cultural na Confiança e uma residência na antiga Escola Francisco Sanches. O facto de contar com uma área bruta para construção superior, 3.500 metros quadrados na Fábrica Confiança para 7.050 na antiga escola, iria, simultaneamente, significar menos gastos.
Recorde-se que o projeto, que será submetido ao Plano de Recuperação e Resiliência, para a construção de uma residência universitária pública, na antiga Fábrica Confiança, irá significar um investimento na ordem dos 19 milhões de euros.
O facto do projeto não ser, em pormenor, de conhecimento público aliado à “falta de estudos”, deixou os membros da Plataforma “surpreendidos” com a decisão. A Plataforma sugere a auscultação dos bracarenses auscultação sobre o futuro do imóvel.
Cláudia Sil recorda que os processos relacionados com o PDM – Plano Diretor Municipal – continuam a decorrer em tribunal. A Plataforma realça que em cima da mesa estão diversos perigos que foram, agora, “oferecidos” pelo líder do executivo municipal, Ricardo Rio, à Universidade do Minho. Perigos esses que no passado fizeram os privados desistir da aquisição do imóvel.
Entretanto, em declarações à RUM, o presidente da Câmara Municipal de Braga afirmou, à margem da inauguração da Galeria Encontros da Imagem Estação, que essa opinião é “descabida”, frisando que “os projetos estão nos locais certos”.
