Nacional 07.11.2024 14H44
Primeiro-ministro assume que a situação no INEM é "grave" e "urgente"
O primeiro-ministro defendeu que as falhas do serviço de emergência médica não se resolvem sem o reforço dos profissionais e diz que “não há certezas” que os sete óbitos estejam relacionados com as falhas nos serviços.
O primeiro-ministro assume que a situação no INEM é grave e é urgente resolver. Considera que só é ultrapassável com recursos humanos. Vão entrar em janeiro 200 técnicos, e diz que o que se pode fazer é "acelerar os procedimentos para o reforço de meios", sobretudo humanos.
Luís Montenegro espera que a reunião de hoje entre a ministra da Saúde e o sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar possa colocar um fim à greve que está em curso. Mas admite que isso não chega.
Considera que o lugar da ministra da Saúde não está em causa e que o que é necessário é tomar medidas para resolver a falta de capacidade de resposta que foi "herdada" do anterior executivo.
Sérgio Dias Janeiro, presidente do INEM, garante que está a ser feito um levantamento sobre os casos de mortes em situações com registo de atrasos na assistência médica. Sérgio Janeiro diz que "os cidadãos podem confiar no INEM" e garante que "tudo está a ser feito no sentido de garantir a normalidade".
Em entrevista à RTP, o presidente do INEM disse que estão a “adotar medidas de caráter imediato” para evitar um atraso no atendimento em “momentos de maior stress no sistema” como o atual, com a greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência hospitalar.
Essas medidas passam pela implementação de uma triagem automática nas chamadas com mais tempo de espera e pela colocação de enfermeiros do INEM no atendimento telefónico nos CODU.
O Presidente da República pede urgência nas respostas. Marcelo Rebelo de Sousa diz ainda que neste, como noutros sectores da administração pública, mais vale prevenir do que remediar.
Os Enfermeiros do INEM vão voltar a fazer atendimento telefónico nos CODU. É uma das medidas de contingência perante a greve às horas extra dos técnicos de emergência pré-hospitalar. Outra, é uma triagem automática nas chamadas com mais tempo de espera.
Com o objetivo de resolver o grave problema de falta de profissionais, vão ainda ser recrutados mais 400 técnicos.
c/RTP