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Fotografia: UMinho
Redação

Academia 18.06.2025 18H45

Professor da UMinho propõe novo modelo para as sondagens eleitorais

Escrito por Redação
A proposta assenta-se na redistribuição proporcional das intenções diretas de voto.
Declarações de Paulo Alexandre Pereira:

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Com o aproximar das eleições autárquicas, o tema das sondagens regressa à ordem do dia. Paulo Alexandre Pereira, professor da Escola de Ciências da Universidade do Minho, propõe um novo modelo de análise, com cálculos simples que garantem um maior grau de transparência com o eleitorado. 


A proposta assenta na redistribuição proporcional das intenções diretas de voto e remove todos os inquiridos que não tinham a certeza se iam votar. Trata-se de uma alternativa à abordagem utilizada pela Universidade Católica.


No estudo da Universidade Católica Portuguesa, a base sobre a qual o matemático da UMinho desenvolveu a sua proposta, a taxa de resposta foi de apenas 24,81%, ou seja, mais de 75% recusaram participar. Foram contactadas 7018 pessoas, das quais apenas 1741 aceitaram participar e responderam ao questionário até ao fim. Das respostas obtidas, foram usadas apenas 1372 entrevistas na estimativa final.


O matemático da UMinho alerta que “a margem de erro correta deve ser calculada com base nas 1372 entrevistas válidas utilizadas na estimativa final, e não nas 1741 respostas totais”. Este método visa imitar o apuramento oficial da Comissão Nacional de Eleições, considerando apenas os votos válidos, à semelhança das eleições reais.


Paulo Alexandre Pereira explicou aos microfones da RUM a base do modelo que propõe, centrado na ‘regra de três simples’, promovendo um entendimento mais acessível dos cálculos utilizados.


O docente defende, na sua publicação, que “eleitores, jornalistas e decisores devem preparar-se melhor para evitar interpretações precipitadas dos resultados”. A má interpretação das sondagens deve-se, aos olhos do professor da Universidade do Minho, do elevado grau de “iliteracia” do eleitorado, bem como da leitura errada que os órgãos de comunicação fazem, sem fazerem referência à margem de erro.


O matemático recusa-se a eleger o modelo que propõe como superior, mas valoriza a clareza e simplicidade que apresenta.

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