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Foto: Bazuuca/Facebook
Pedro Magalhães

Cultura 30.07.2020 07H30

Promotores culturais independentes defendem mais colaboração entre pares

Escrito por Pedro Magalhães
Ideia defendida no ciclo de conversas "A Cultura na Região", promovido pela RUM.

Os promotores culturais independentes da região defendem um circuito mais colaborativo entre pares.


Na quarta-feira, no Café Concerto RUM by Mavy, a última conversa do ciclo “A Cultura de hoje na Região”, promovido pela RUM, reuniu os promotores independentes Miguel Oliveira (Revolve, de Guimarães), Hugo Cunha (d'A Macho Alfa, de Barcelos), Francisco Quintas (Cosmic Burger, Braga) e César Cardoso (Cru, de Vila Nova de Famalicão), que falaram sobre os desafios de programar na época actual.


Durante a conversa, foi revelado que o impasse gerado pela crise pandémica hipotecou a realização de vários festivais independentes e adiou o lançamento de discos de alguns dos artistas agenciados pelos promotores. No fim, ficou a reflexão de que os moldes do circuito independente deve ser repensado. 


"Se calhar este é um bom ano para se perceber quais são os problemas estruturais do circuito e pensar, daqui para a frente, em conjunto, como melhorá-lo", assinalou Hugo Cunha, num argumento apoiado por Francisco Quintas. "É preciso um sentimento de cooperação, mais do que concorrência".


Os promotores manifestaram que, no futuro mais imediato, o palco será obrigatoriamente destinado aos artistas locais e nacionais mas assinalaram que os projectos estrangeiros não merecem ser descartados, até para não desvirtuar o próprio meio. 


"A questão de ser local ou nacional não se coloca muito na nossa equação. Olhamos sempre para a disponibilidade dos artistas que estão a circular", enfatizou César Cardoso, acrescentando, porém, que "o desenvolvimento de projectos nacionais" é a sua prioridade enquanto programador.


Também Miguel Oliveira assumiu que, por causa das circunstâncias, vai dar mais palco a artistas locais e do país, ainda que o desígnio dos seus eventos, como o Mucho Flow, apresentem projectos internacionais. "Não sabemos o que virá e, pelo menos para já, vamos apresentar projectos nacionais e locais, que não são inferiores a nada", apontou.


O ciclo de conversas da RUM, promovido no âmbito das comemorações dos 31 anos de emissões legais, deu voz, ao longo de todo o mês de Julho, aos protagonistas da cultura na região, numa época em que o sector vive ainda períodos de incerteza quanto ao regresso da actividade regular.

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