Caso o PS vença as legislativas de 30 de janeiro, José Luís Carneiro não tem dúvidas que o Hospital de Braga deve manter-se na esfera pública. Do lado do PSD, André Coelho Lima garante que para tomar decisões desta relevância é preciso conhecer todas as variáveis.

Num debate promovido pela Rádio Observador, os dois cabeças de lista pelo círculo eleitoral de Braga, discutiram o tema da saúde.

Recorde-se que o Hospital de Braga era gerido, desde 2009, em regime de Parceria Público-Privada (PPP), sendo que em 2019, a unidade de saúde passou a funcionar como Entidade Pública Empresarial (EPE).

Ora, para José Luís Carneiro é claro que o Hospital de Braga deve manter-se na gestão pública, uma vez que tanto ao nível dos resultados como da qualidade, o hospital manteve os resultados positivos. O socialista acrescenta que a unidade de saúde possui boas relações de parceria com instituições de solidariedade social e com os cuidados primários. 

O socialista recorda que a unidade de saúde bracarense foi a segunda, na região norte, a realizar mais cirurgias depois do S. João, no Porto.

Já André Coelho Lima frisa que não chega manter a qualidade do serviço. Porém, recusa que, caso o PSD chegue ao Governo, tenha a mesma atitude de “birra ideológica” do PS quando acabou com a PPP. 

O Social-democrata aproveitou a oportunidade para recordar que o Governo liderado por António Costa, comprometeu-se a iniciar as obras para o novo Hospital de Barcelos, mas passados seis anos ainda "nem um terreno existe". André Coelho Lima traz ainda para a conversa a sala de hemodinâmica de Guimarães, orçada em quase 2 milhões de euros, conseguidos através da Liga de Amigos, que está há um ano à espera de autorização para funcionar.

Na resposta, José Luís Carneiro declara que estará para breve uma decisão sobre esta matéria. Face às críticas, o socialista lembra que o Governo criou novos serviços de urgências no Hospital de Guimarães e uma nova USF.

André Coelho Lima alerta que a verba destinada a esta empreitada já tinha sido alocada pelo Governo anterior a 2015, sendo que a Câmara de Guimarães teve de fazer um investimento avultado para desbloquear a obra.