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Pedro Magalhães

Regional 09.04.2020 17H21

PSD de Guimarães critica acção do gabinete de crise criado pela autarquia

Escrito por Pedro Magalhães
Bruno Fernandes diz que as medidas da autarquia "são para 6 anos e não para 6 meses". Na resposta, o presidente da Câmara diz que a autarquia tem ido mais longe nos apoios quando comparada com a intervenção de concelhos como Braga, Famalicão e Porto.

O PSD de Guimarães diz que o gabinete de crise e o plano de acção criados pelo município para combater o impacto da pandemia da Covid-19 na economia do concelho são insuficientes. 


Esta quinta-feira, em sede de reunião de executivo, o vereador social-democrata sem pelouro, Bruno Fernandes, apontou falhas ao plano municipal por não isentar as famílias e as empresas do concelho do pagamento de taxas municipais, como o IMI ou a Derrama.


"Estavamos à espera de um plano de intervenção imediata, em que a maioria das decisões fossem rápidas, e isto não passa de um conjunto de intenções. Apresenta medidas para 6 anos e não para 6 meses. É preciso trabalhar a reconversão do tecido industrial mas para haver a mudança de paradigma não podemos deixar morrer as empresas do sector tradicional, do comércio e da produção", atirou.


O vereador sem pelouro revelou também que o centro de emprego do concelho recebeu 500 inscrições de solicitação para subsídio de desemprego nos últimos 5 dias, alertando que o momento actual "é o de salvar vidas e empresas".



Guimarães está a fazer mais do que Braga, Famalicão e Porto, diz o presidente da Câmara

Na resposta às acusações do PSD, o presidente da câmara de Guimarães, Domingos Bragança, alertou que o papel do município é o "de complementar o esforço do Governo" e considerou que a sua autarquia está a ir mais longe nos apoios quando comparada com a intervenção de concelhos vizinhos.


"As empresas não vão morrer por medidas da Câmara, são apenas medidas mitigadoras. Este gabinete e plano lançam medidas a curto prazo para lançar economia a médio e longo prazo. Nós estamos bem: Braga, Porto e Famalicão estão aquém de Guimarães", atirou.


O autarca justificou ainda a não isenção das taxas municipais por entender que há várias empresas que, na actual crise, têm mantido as receitas."Não faz sentido termos medidas universais porque há serviços que têm mantido lucro. Apoiaremos aqueles que precisam", referiu.


No apoio ao comércio local, Domingos Bragança revelou que o município vai apresentar, em breve, uma plataforma online gratuita para os comerciantes, monitorizada diariamente pelos serviços municipais.



Contratos-programa para empresas municipais vão ser alterados

A pandemia da Covid-19 já chegou às empresas municipais e a autarquia vai reaver os contratos-programa estabelecidos, revelou Domingos Bragança. No caso da Tempo Livre, empresa que gere vários equipamentos municipais, dos quais se inclui o Pavilhão Multiusos, o contrato-programa "vai levar reforço financeiro para sustentar a quebra total de actividades". 


Já em relação à cooperativa cultural Oficina, o autarca esclareceu que o problema "não é financeiro mas sim de reprogramação cultural", adiantando que a entidade está a reunir soluções para reajustar o programa de actividades. O que está em causa, completou Domingos Bragança, é "fazer com que a cultura em Guimarães continue a ser de referência".


As alterações aos contratos-programas deverão ser levadas a discussão na próxima reunião de Câmara.

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