Regional 05.12.2023 15H45
Redes de transporte assumem mais de 5ME do orçamento da CIM do Cávado em 2024
Num total de pouco mais de 8Milhões de Euros, o orçamento da Comunidade Intermunicipal do Cávado para o próximo ano é substancialmente inferior ao de 2023, mas pode sofrer alterações.
A Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM Cávado) vai trabalhar com um orçamento de 8 Milhões de Euros, em que mais de metade (5ME) estará alocado às redes de transporte nos concelhos abrangidos, Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde. A este valor podem acrescer financiamentos comunitários no âmbito do Portugal 2030, uma vez que ainda não estão contratualizados.
Em 2024, o orçamento apresenta poucas parcelas de investimentos através de fundos comunitários e face ao total do ano passado, o orçamento contabiliza menos dois milhões de euros, aproximadamente.
O líder da CIM Cávado, Ricardo Rio, assume que este orçamento "atesta a diversificação das responsabilidades da CIM ao longo dos últimos anos, em particular a Autoridade Intermunicipal de Transportes" com "um peso muito significativo", já que mais de 5Milhões de Euros, dos 8ME estão relacionados com o financiamento recebido do Ministério do Ambiente para "suportar as atividades das redes de transporte nos concelhos abrangidos".
Proteção civil, coesão social, combate ao abandono e ao insucesso escolar assim como dinamização turística e económica são outras iniciativas que fazem parte do programa para 2024.
Depois da recente ampliação das instalações da CIM Cávado, na Rua do Carmo, no centro de Braga, a direção da Comunidade intermunicipal assume "muito interesse" em assegurar a propriedade do imóvel em definitivo. O Recolhimento das Convertidas é outro dos objetivos ainda que continue "pendente da tramitação administrativa relativamente à permuta da propriedade" com o Palácio dos Biscainhos. Recorde-se que o antigo recolhimento continua na propriedade do Ministério da Administração Interna e foi, em 2019, identificado pelo governo de então, como um dos locais a transformar em alojamento de renda acessível, processo que não sofreu desenvolvimentos nesse sentido. Na altura, o autarca de Braga, Ricardo Rio, criticou até essa possibilidade, vincando o valor cultural do equipamento. "A topologia do imóvel, a sua classificação, a existência da capela, toda a formatação do espaço não é muito consentâneo para o aproveitamento que está agora a ser preconizado", afirmou o social democrata, que defende para aquele edifício uma resposta para fins culturais.
Concessão de transporte público de passageiros no Cávado arrancou em janeiro de 2023 e prolonga-se até 2027
A Concessão de Transporte Público de Passageiros no Cávado operra nos municípios de Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde. Desta Concessão fazem parte dois lotes, ambos operados pela Cávado Mobilidade (consórcio das empresas Transdev, AVIC e AV Minho).
A Autoridade Intermunicipal de Transportes do Cávado (AITC) é responsável pela Concessão, e todos os autocarros estão identificados com uma imagem comum - Cávado Mobilidade.