O novo ano letivo arranca hoje em praticamente todas as escolas do concelho de Braga. São quase 24 mil os alunos inscritos para o ano letivo 2024/2025, segundo dados disponilizados pelo pelouro da Educação no Município de Braga. Noutras situações, o regresso às aulas acontece esta sexta-feira e a partir da próxima segunda-feira todas as escolas devem estar em pleno funcionamento.

Segundo a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, em comparação com o ano letivo anterior, o número é semelhante, "cerca de 600 alunos a mais", mas até janeiro "pode vir a aumentar", antecipa, argumentando essa possibilidade "por força de fluxos migratórios".

Os assistentes operacionais são cerca de 900 contratados pelo município de Braga, um número que não está fechado por força da análise em curso do número de alunos com necessidades específicas. Carla Sepúlveda refere que "as escolas necessitam de cada vez mais pessoal auxiliar e técnico para acompanhamento particular a estes alunos".

Arranque letivo sem problemas de maior nas escolas de Braga

O arranque do ano letivo nos Agrupamentos de Escolas do concelho de Braga vai ocorrer sem grandes problemas. Trata-se de um contraste em relação à situação atual vivida a nível nacional. No Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio, o maior do concelho com onze unidades orgânicas, a direção não prevê que existam disciplinas sem professores alocados. A única exceção é a disciplina de Eletrónica, do curso profissional, em que nenhum docente foi colocado.

O mesmo cenário é adiantado pela diretora do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante com 3.300 alunos, onde as aulas terão início apenas na sexta-feira.

No caso do Agrupamento de Escolas de Maximinos, o diretor aponta a falta de cinco docentes, dos quais quatro apresentaram baixas médicas.

A RUM tentou entrar em contacto com os restantes diretores dos agrupamentos André Soares, D. Maria II e Sá de Miranda, mas sem êxito.

60% das escolas abertas a nível nacional

A nível nacional, o ano letivo arranca com 60% das escolas abertas, mas milhares de professores em falta. No início da semana, os resultados da segunda reserva de recrutamento deixaram 1.091 horários por preencher, a que se somam os horários diariamente disponibilizados através da contratação de escola, o último recurso disponível para o recrutamento de professores.

O cenário, admite Fernando Alexandre, poderá agravar-se nos próximos dias, com a necessidade de substituir professores que apresentam baixa médica.

*Com Vanessa Batista e Lusa