A música regressou ao gnration no início do mês à boleia do ciclo Julho é de Jazz e, de acordo com Luís Fernandes, programador do espaço cultural bracarense, a reabertura "dificilmente podia ter corrido melhor".

Depois de três meses encerrado à custa da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, o gnration esgotou nos quatro espectáculos do Julho é de Jazz e, além disso, "a logística e adaptação à nova realidade correu sem qualquer percalço e todo período investido a trabalhar na segurança das pessoas foi compensado", sublinha Luís Fernandes.

Nas sextas-feiras de Julho, o gnration apresentou quatro espectáculos: o concerto do saxofonista britânico Andy Sheppard com Mário Costa, no dia 3, a reunião entre Rodrigo Amado, Ricardo Toscano, Hernâni Faustino e João Lencastre, no dia 10, a parceria entre o pianista João Paulo Esteves da Silva e o baterista Pedro Melo Alves, no dia 17, e, finalmente, a apresentação do trio Lokomotiv, no dia 24.

Do leque de quatro concertos, os concertos de Andy Sheppard e Mário Costa, e de João Paulo Esteves da Silva e Pedro Melo Alves foram encomendados pelo gnration, tendo sido estreias absolutas em palco. "Foram os destaques deste ano, ainda que o concerto do Pedro Melo Alves com o João Paulo Esteves da Silva foi o que mais gostei. Foi um espectáculo muito bem conseguido, equilibrado entre a linguagem clássica e vanguardista", aponta Luís Fernandes.

Terminado o ciclo Julho é de Jazz, a música regressa ao Gnration apenas em Setembro. Até lá, o espaço cultural bracarense vai exibir sessões de cinema e será ocupado por residências artísticas.