Academia 06.05.2022 15H36
Reitor confirma divergências orçamentais com presidente da Escola de Medicina
Responsável máximo da academia minhota e o Conselho de Gestão entenderam que não seria possível, face ao panorama de imprevisibilidade vivido, assumir uma dotação orçamental de 1,6 milhões de euros com a unidade orgânica.
O reitor da Universidade do Minho confirma que foram divergências orçamentais que estiveram na base da decisão de demissão do presidente da Escola de Medicina, Nuno Sousa, há precisamente uma semana. O assunto foi abordado na reunião do Conselho Geral desta sexta-feira.
No final de 2021, entre cabimentos solicitados e autorizados a UMinho contava com 36 milhões de euros, sendo que 30 milhões estavam já em compromisso. Havia, portanto, cerca de 6 milhões que não eram passiveis de compromisso, logo seriam devolvidos às unidades orgânicas. Face à imprevisibilidade do contexto atual, Rui Vieira de Castro explica que tomou a decisão, juntamente com o Conselho de Gestão, de que não era "tecnicamente possível" assumir uma dotação orçamental de 1.6 milhões para com a Escola de Medicina.
De frisar que também a Escola de Engenharia e o I3B´s tinham uma dotação orçamental no mesmo valor. O responsável máximo da academia minhota lamenta a decisão tomada por Nuno Sousa e explica que "na atual circunstância não é possível assumir esses compromissos. Temos de esperar pelo desenvolvimento da execução ao longo do ano e em função disso veremos em que medida a universidade pode ou não cumprir com aquilo que está estabelecido no contrato programa".
O reitor adianta que o contrato programa tem clausulas de salvaguarda onde estão previstas circunstâncias supervenientes assim como está dito que a concretização do contrato programa tem de estar subordinado a normas estatutárias.
Esta tarde está agendada uma reunião do Conselho de Escola. Em cima da mesa poderá estar a nomeação de um presidente interino ou a continuidade do demissionário em gestão. O responsável máximo da academia minhota vai marcar presença.