Autárquicas 2025 17.10.2025 08H18
Ricardo Araújo quer afirmar Guimarães como cidade europeia de investigação
Foi eleito presidente da Câmara Municipal de Guimarães e conquistou uma maioria absoluta inédita para o PSD naquele concelho. Aos 48 anos, o social democrata que salta da oposição para a cadeira de presidente acredita que há potencialidades a explorar na cidade berço, a diferentes níveis.
O futuro presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Araújo, pretende que o concelho entre no leque de cidades europeias de investigação. Um dos compromissos do social democrata, - eleito com maioria absoluta no passado domingo, - passa pelo lançamento de um pacto para a inovação com o objetivo de fortalecer a dinâmica entre a UMinho, os centros de investigação e o tecido empresarial.
Em entrevista à RUM, o protagonista da vitória mais estrondosa na região nas eleições autárquicas de domingo afirma que é necessário e possível aprofundar a relação de parceria com a Universidade do Minho e que é "estratégica" para Guimarães.
“Seguramente a ligação com a universidade, com os nossos centros de conhecimento em geral, é absolutamente estratégica, e portanto eu quero manter e aprofundar essa relação de parceria estratégica com a universidade, que é fundamental para o nosso futuro. Queremos muito reter o nosso talento, criar condições para que os nossos jovens possam aqui também fixar-se, ter oportunidades de emprego, eu propus mesmo, quero criar também um pacto para a inovação, que possa envolver a Câmara, a universidade, as nossas empresas. Este triângulo é fundamental para um desígnio que nós temos, que é o de fazer Guimarães uma cidade europeia de inovação”, declarou.
Inovação e ensino superior, melhores salários e fixação de jovens. Os temas estão interligados com a economia e a visão “diferente” que diz ter para o concelho vimaranense.
Enquanto vereador da oposição, Ricardo Araújo foi sempre manifestando uma visão distinta para a área económica, dando como exemplo o concelho vizinho de Braga nas diversas intervenções em sede de reunião de câmara. Agora, assume, chegou o momento de a poder colocar em prática.
Uma visão que passa por “implementar uma nova política económica municipal que seja capaz de apoiar os setores tradicionais, do têxtil, do calçado, das cutelarias, mas também de promover uma diversificação do tecido económico e empresarial, atraindo novas indústrias, atraindo investimento nacional e estrangeiro, capaz de atrair novos setores, setores com forte valor acrescentado, que sejam capazes de criar novos empregos, empregos bem remunerados”.
Guimarães tem que voltar a ser uma cidade jovem
"Uma atenção especial que queremos dar também aos jovens. Eu disse que queria que Guimarães voltasse a ser um concelho atrativo para os jovens, Guimarães já foi no passado um dos concelhos mais jovens do país e da Europa, e portanto nós temos que voltar a ser um concelho jovem, invertendo esta tendência das últimas décadas", analisou.
O presidente eleito tem 38 anos e assumia atualmente funções de deputado do PSD na Assembleia da República, além de vereador da oposição no executivo vimaranense liderado por Domingos Bragança.
O social democrata reafirmou o compromisso com os vimaranenses de se apresentar como um “presidente de grande proximidade” com capacidade para perceber os problemas e encontrar soluções para os resolver.
“Quero ter um estilo de liderança de proximidade com os vimaranenses. Mas nós temos essencialmente que pôr em prática o nosso programa eleitoral. Eu disse que quero que Guimarães volte a ser um concelho competitivo e atrativo, para isso nós precisamos de resolver questões estruturantes, nomeadamente ao nível da mobilidade, acessibilidades e transportes”, evidenciou, assim como habitação pública e privada.