Ricardo Rio admite que João Rodrigues tem pela frente um contexto difícil, mas só ao sucessor caberá a decisão sobre como vai governar a Câmara Municipal de Braga nos próximos quatro anos. Em 2013, 2017 e 2021, a coligação Juntos por Braga venceu sempre com maioria absoluta.

Agora, a mesma força política tem três mandatos, o PS/PAN outros três e o movimento Amar e Servir Braga o mesmo número. Esta quinta-feira, questionado sobre o cenário minoritário que o seu sucessor enfrenta, o ainda autarca lembrou que há exemplos de câmaras que funcionaram em minoria e outras que conseguiram coligação.

"Não é algo que se possa antecipar, só quando se está com os sapatos calçados é que se pode tomar as decisões no momento próprio. Eu, felizmente, não tive que me confrontar com esta circunstância, tive três maiorias absolutas e, portanto, foi uma situação bastante mais confortável do que aquela que temos hoje", respondeu à imprensa, à margem da apresentação da 1ª fase do projeto do Parque Ecomonumental das Sete Fontes. 

O ainda autarca, que nos próximos tempos pretende regressar à sua atividade profissional na esfera privada, lembrou que há exemplos de câmaras em minoria com diferentes opções, umas funcionando em minoria, outras em coligação. "Depois depende de circunstâncias próprias, dos próprios protagonistas, da articulação que eles possam criar, não consigo antecipar cenários", rematou.

Recorde-se que o Partido Socialista felicitou hoje o presidente eleito e a coligação Juntos por Braga. Numa nota enviada às redações, reconhece os resultados entretetanto homologados. Sem mencionar a palavra recontagem, o mesmo comunicado confirma assim que não será feito qualquer pedido desse tipo, cenário que a candidatura PS/PAN tinha colocado em cima da mesa no início da semana.