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Vanessa Batista

Academia 02.07.2019 01H30

Salto na investigação pode levar IE até Angola

Escrito por Vanessa Batista
Aposta na investigação marca 44º aniversário do Instituto de Educação da Universidade do Minho. 

O Instituto de Educação (IE) da Universidade do Minho (UMinho) prepara-se para iniciar um projecto "ambicioso" e de grande relevância em co-construção com o governo português e a República Popular de Angola. Trata-se de uma formação de "formadores de professores em três instituições do ensino superior pedagógico em Luanda, Benguela e Huíla". Durante esta semana, a UMinho vai receber a visita de uma delegação de 14 elementos para "limar as arestas" deste projecto "inovador".


Uma iniciativa que irá ter uma duração de aproximadamente três anos e que, segundo o presidente do IE, Leandro Almeida, deverá arrancar já em "Fevereiro do próximo ano". O objectivo passa por "mobilizar cerca de 12 docentes de diferentes áreas da UMinho para fazer formações em metodologias específicas" nas áreas do pré-escolar, ensino básico e secundário. Posteriormente, esses docentes que estarão sobre "a alçada da UMinho" serão os formadores em universidades locais.


Um grande desafio em que o IE vai apostar todas as fichas para demonstrar o contributo diferenciador que pode ter na sociedade e no futuro dos cidadãos. 


Mas as apostas não ficam por aqui. O IE apresentou também uma candidatura à Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes para desenvolver um “Estudo sobre as crenças, saberes e práticas dos professores”. 



Pela primeira vez o IE conta com os dois centros de investigação com classificação de "Muito bom"


Foi a prenda antecipada dos 44 anos do Instituto de Educação. A FCT classificou pela primeira vez os dois centros de investigação do IE com 'Muito Bom'. Para o presidente este é o maior "reconhecimento" de que os projectos levados a cabo são relevantes quer a nível nacional como internacional. "Sobretudo é uma oportunidade de não deixar escapar esta classificação e nela alicerçar os projectos de pós-graduação que temos e que são fundamentais para a estabilidade do instituto", declara o presidente do IE.


Em 44 anos foram várias as vitórias, mas também existem várias problemáticas e interrogações que têm dificultado o dia-a-dia do instituto. Leandro Almeida, que tomou posse no passado dia 28 de Maio, tem em vista um programa de "reestruturação" de modo a tornar o IE "mais eficaz e eficiente".


As apostas recaem sobre um corte na oferta a nível do segundo ciclo, ou seja, mestrados. Não faz sentido continuar com uma oferta direccionada para "os mestrados académicos que não estão em sequência directa dos cursos de licenciatura nem estão associados a uma profissionalização", refere. 


O presidente adianta que o IE conta com mestrados em diversas áreas de formação como "em educação especial, estudo da criança, ensino e educação", mestrados que tiveram o seu tempo e corresponderam a necessidades que hoje já não existem". Leandro Almeida sublinha que o IE não pode continuar a contar com turmas de 50 estudantes e outras com apenas cinco alunos, por isso, torna-se urgente fazer uma "reestruturação para soltar recursos para outros projectos inovadores".


Outra das medidas passa por apostar, já no ano de 2020-2021, numa nova licenciatura em parceria com outras escolas da academia minhota na área de Gerontologia Educativa.


Decisões que contam com o apoio do reitor da academia minhota que no seu discurso realçou o facto das "circunstâncias externas ao instituto não serem as mais favoráveis" à sua actuação. Por esse motivo, Rui Vieira de Castro aconselhou a uma "revitalização" para que o capital humano do IE seja valorizado e consiga dar boas respostas às conjunturas actuais da sociedade local, nacional e internacional. 

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