Regional 14.02.2023 14H11
“Semana Santa de Braga é o evento cabeça de cartaz do turismo religioso no Norte”
São esperadas cerca de 100 mil pessoas na Semana Santa de Braga, que se realiza de 2 a 9 de abril, e o impacto económico poderá ascender aos 10 milhões de euros.
São esperadas cerca de 100 mil pessoas na Semana Santa de Braga, que se realiza de 2 a 9 de abril, e o impacto económico poderá ascender aos 10 milhões de euros.
Os números foram avançados esta terça-feira, na apresentação do evento que, todos os anos, atrai turistas nacionais e internacionais à cidade.
Daniel Vilaça, da Associação Empresarial de Braga, lembrou um estudo relativo aos anos anteriores à pandemia, que aponta para entre “60 a 70 mil visitantes”, sendo que destes “20 mil pernoitaram na cidade”. “Cada visitante terá realizado uma despesa média de 80 euros, perfazendo um valor total de 5 milhões de euros. Há ainda o impacto indireto, estimando-se impactos gerais entre 7 a 8 milhões de euros”, acrescentou o responsável.
A AEB acredita que, em 2023, se atinja, em Braga, “um nível de dormidas e de proveitos no setor do turismo dos melhores de sempre”.
Este ano, o objetivo é atrair “mais turistas, que fiquem mais tempo e que gastem mais dinheiro”
Para Marco Sousa, do Turismo Porto e Norte de Portugal, a “Semana Santa de Braga é o evento cabeça de cartaz do turismo religioso no Norte de Portugal”, apontando-a como “o expoente máximo do turismo religioso no país”.
Este ano, no regresso pleno e sem restrições da Semana Santa, o objetivo é atrair “mais turistas, que fiquem mais tempo e que gastem mais dinheiro”.
Em média, os visitantes não ficam mais do que três noites. “A partir de quinta-feira, em termos de unidades de alojamento, está tudo praticamente a 100%”, adiantou.
O evento, frisa Marco Sousa, “é bom para os municípios envolventes e para região Norte”.
A entidade espera que este ano a Semana Santa registe “o maior número de turistas, dormidas e proveitos”.
Semana Santa como Património Cultural e Imaterial pode ser "alavanca" para reconhecimento internacional
A Semana Santa de Braga foi reconhecida, o ano passado, como Património Cultural e Imaterial, a nível nacional.
O reconhecimento internacional, por parte da UNESCO, ainda não chegou.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, considera que a distinção nacional “pode ser uma alavanca para outras iniciativas de âmbito internacional, que venham a valorizar ainda mais um dos grandes eventos de Braga”.
O autarca destacou ainda “a envolvência de instituições e cidadãos anónimos”, que chegam a ser “milhares de pessoas”. “O cartaz de exposições e concertos, é cada vez mais rico e diversificado e isso cria condições de atratividade e fixação dos visitantes ao longo de toda a semana”, acrescentou.
Ricardo Rio destacou uma exposição “que vai ter a curadoria do Hugo Delgado, que vai reunir mais de uma centena de fotos de Semanas Santas de 16 cidades, um projeto de estreitamento de laços. Depois de Braga ter tomado a iniciativa, foi solicitado que a exposição fizesse uma itinerância por essas cidades”, disse ainda o autarca.
A programação não sofre grandes alterações, este ano. A procissão dos Passos sai à rua a 2 de abril, segue-se a da burrinha, no dia 5. A 6 de abril é a vez da procissão Ecce Homo, e no dia 7, sexta-feira santa, decorre o Enterro do Senhor.
Semana Santa conta com investimento de 100 mil euros
O cónego Avelino Amorim, presidente da comissão da Semana Santa, destacou ainda o concerto previsto para a Terça-feira Santa, na Sé Catedral, pela Orquestra e Coro do distrito de Braga, que vai apresentar a “Paixão Segundo São Lucas”, do compósito bracarense Joaquim dos Santos.
Este ano, a organização quis “acrescentar o contributo em três áreas: participação das gerações jovens, iniciativas de inclusão social e expressões de arte contemporânea.
Quanto aos mais jovens, poderão participar no 2.º concurso “A Semana Santa de Braga”, os colégios serão envolvidos na procissão de Sexta-feira Santa, e o Projeto Homem, além de uma exposição alusiva aos seus 31 anos, vai organizar um workshop de circo e o espetáculo CoolEaster.
Além disso, serão desenvolvidas oficinas artísticas sobre o património imaterial da Semana Santa de Braga.
O investimento é de 100 mil euros, sendo que a autarquia comparticipa em 30 mil. Todas as atividades são gratuitas.
Conheça o programa completo aqui.