ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

Rafael Marchante / Reuters
Redacção

Nacional 13.04.2020 08H30

Sindicato médico apoia uso generalizado de máscara

Escrito por Redacção
A 7 de abril, Miguel Guimarães já se tinha mostrado favorável à utilização de máscaras de proteção pela população.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apoia "o uso, por toda a população, de máscaras de proteção individual nos espaços públicos" para proteção face à pandemia de covid-19, anunciou aquele organismo em comunicado.


"O uso de uma máscara cirúrgica, bem colocada e manuseada, protege aqueles que nos rodeiam. E se todos o fizermos sempre que circulamos em público, todos estaremos mais protegidos. O uso de máscara não dispensará, contudo, o distanciamento social, a etiqueta respiratória ou a lavagem frequente das mãos", pode ler-se no comunicado daquele sindicato.


A defesa deste uso surge enquadrada no movimento "Máscara Para Todos", cuja comissão científica inclui o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, bem como o reitor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Fausto Pinto, além de Filipe Froes, Miguel Moura Guedes, Paulo Neves e Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.


A 7 de abril, Miguel Guimarães já se tinha mostrado favorável à utilização de máscaras de proteção pela população.

"A utilização de máscara serve para evitar que eu passe a infecção a outra pessoa", disse Miguel Guimarães, recomendando a utilização deste equipamento de proteção individual para "toda a gente que frequente locais públicos", incluindo nos hospitais, centros de saúde e superfícies comercias, como, por exemplo, supermercados.

Obstáculos à utilização


A medida também acolhe parecer positivo da vice-presidente da Ordem dos Psicólogos, Isabel Trindade, que explicou que esta utilização "faz todo o sentido", mas não se pode "dizer à população para utilizar máscaras se a população não tem acesso" a estes equipamentos.

O SIM cita ainda um relatório de 8 de Abril do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), que admite o uso generalizado de máscaras pela população em locais fechados e com muita gente, apenas como complementar à etiqueta respiratória e distância de segurança.


Com o uso das máscaras há o risco de uma falsa sensação de segurança, sustenta o relatório, porque pode levar as pessoas a distraírem-se, por exemplo, da distância física, alertando também que é importante saber remover a máscara e que a remoção de forma errada pode aumentar o risco.

Aconselha a que qualquer recomendação sobre o uso de máscaras faciais na comunidade "leve em consideração a falta de evidência, a oferta deste material e os possíveis efeitos colaterais negativos".


Os peritos do ECDC defendem também que o uso de máscaras médicas pelos profissionais de saúde deve ter prioridade sobre o uso na comunidade.

RTP

Deixa-nos uma mensagem