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Liliana Oliveira

Academia 12.04.2023 15H33

SNESUP quer aumentos salariais na ordem dos 8% para docentes universitários

Escrito por Liliana Oliveira
José Moreira, que toma posse no sábado como presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, acusa a ministra Elvira Fortunato de estar "ausente dos temas".
Declarações de José Moreira, novo presidente do Sindicato do Ensino Superior

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O novo presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP) quer negociar com o ministério tutelado por Elvira Fortunato um aumento salarial na ordem dos 8% para os docentes universitários. Esta é uma das prioridades de José Moreira, que toma posse no próximo sábado, para o mandato até 2025.


Em entrevista à RUM, o professor da Universidade do Algarve alega que a classe perdeu “quase 30% do valor do vencimento desde 2004, até agora”. “Isto significa que em cada quatro salários que recebemos estamos a perder um”, apontou. A perda do poder de compra, segundo contas deste Sindicato, varia “entre os 22% e os 27%”. “O nosso poder de compra está praticamente aos mesmos níveis da troika. O ideal seria recuperarmos todo o nosso poder de compra, mas sabemos que provavelmente o país não tem condições para isso. No entanto, é preciso iniciar esse caminho e é mais do que razoável e justo, pelo menos, repor os níveis que perdemos com a inflação nestes últimos dois anos. Estaríamos a falar de valores por volta dos 8%”, afirmou José Moreira.


A nova direção pretende ainda combater a precariedade que assombra docentes e investigadores. “Neste momento, a precariedade entre os investigadores é de cerca de 80% e entre os docentes anda entre os 40% a 50%. Estamos a caminhar rapidamente para a rutura do sistema, quer na ciência, quer no ensino superior”, argumentou.

José Moreira diz que Elvira Fortunato “é uma ministra completamente ausente dos temas do Ensino Superior e da Ciência”.


“Foi-nos proposto um calendário negocial em relação aos estatutos de carreira e ao Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior e ainda não houve uma única reunião negocial. Por outro lado, o Ministério não toma posições firmes sobre esta questão da integração dos investigadores e do problema do financiamento do sistema científico”, lamentou. 


José Moreira, professor auxiliar na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, sucede no cargo a Mariana Gaio Alves. A tomada de posse está marcada para o próximo sábado, para um mandato até 2025, que terá como prioridades o combate à precariedade laboral dos docentes e dos investigadores e a valorização salarial.


A RUM tentou obter esclarecimentos junto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,mas, até ao momento, não obteve resposta.

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