Startup Braga ambiciona novas infraestruturas para acolher empresas deep tech

A celebrar dez anos, a Startup Braga, que está entre as 10 incubadoras mais inovadoras da Europa, segundo o ranking do Financial Times, tem como objetivo, nos próximos anos, apostar em novas infraestruturas que permitam acolher empresas deep tech.
“Sabemos que tem de ser feito investimento, porque, neste momento, a Startup Braga não está dotada de capacidade infraestrutural para acolher empresas deep tech, nas áreas da biotecnologia, da nanotecnologia, das ciências da vida e da saúde, que tenham necessidades de validação laboratorial e de scale-up das suas soluções”, explicou o diretor da Startup Braga, Luís Rodrigues.
A Startup Braga surge em sétimo lugar na lista de 125 incubadoras e aceleradoras europeias que constam no ranking Europe’s Leading Start-Up Hubs 2024, que consagra Protugal como o 6.º país com os hubs de startups mais inovadores da Europa.
“Para a Startup Braga ser o primeiro dos hubs de inovação em Portugal e conseguir alcançar uma sétima posição num ranking prestigiado é um motivo de grande satisfação e orgulho”, apontou Luís Rodrigues.
A propósito do ranking, o diretor enaltece ainda “o feedback recolhido através de um número muito significativo de inquéritos à comunidade alumni de cada um dos hubs de inovação”. “É com particular satisfação que vemos que a Startup Braga também se destacou no top 10, entre o feedback recolhido dos seus empreendedores, aqueles que são os beneficiários do trabalho que aqui desenvolvemos”, frisou.
Startup Braga criou mais de 2000 postos de trabalho e angariou 438 ME
Fundada em 2014, como hub de inovação da InvestBraga, a Startup Braga assinala, em maio, uma década de existência, num percurso marcado pela “especialização e diferenciação”, resultado da estreita ligação à Universidade do Minho, ao INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia – e a outros centros de investigação. Numa década, a Startup Braga promoveu a criação de mais de 2000 postos de trabalho e o seu universo de startups angariou uma verba superior a 438 milhões de euros.
Com uma “comunidade de aproximadamente 250 startups, já incubaram mais de 100 startups, através do programa de incubação, e, através dos diferentes programas de pré-aceleração, já passaram pela Startup Braga cerca de 150 startups”, em áreas como a economia digital, as tecnologias para a saúde, biotecnologia, nanotecnologia e sustentabilidade. A Startup Braga implementou ainda “programas de aceleração mais verticalizados ou orientados para um setor de inovação específico, como é o caso do iTech Tourism, orientado para as tecnologias do turismo, ou o SCB Innovation Hub, recentemente lançado em parceria com o Sporting Clube de Braga, orientado para apoiar soluções inovadoras no setor das tecnologias para o desporto”.
Foram ainda desenvolvidos programas de capacitação de empreendedores, de que é exemplo a School of CEO’s, “um caso de sucesso de uma parceria celebrada com a Universidade do Minho, que em breve vai anunciar a 7.ª edição”, que tem como objetivo “capacitar os empreendedores em domínios transversais da gestão”. “Essa é uma das lacunas e uma das razões por detrás, muitas das vezes, do insucesso das startups”, finalizou o diretor.
