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Vanessa Batista

Academia 25.06.2020 17H00

App StayAway Covid chega em Julho aos smartphones

Escrito por Vanessa Batista
Aplicação tem como meta avisar os utilizadores quando estiveram próximos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. A aplicação, que foi desenvolvida no INESC TEC, conta com a colaboração de um investigador da UMinho.
José Orlando Pereria, docente do Departamento de Informática da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e investigador do HASLab, em declarações ao programa da RUM, UM I&D.

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A StayAway Covid, uma aplicação portuguesa que foi desenvolvida no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), já está concluída. Segundo o docente do Departamento de Informática da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e investigador do HASLab, José Orlando Pereira, que é o convidado desta noite do programa UM I&D, a app estará oficialmente disponível a partir dos primeiros dias do próximo mês de Julho.


Em declarações à Universitária, o investigador lembra que a StayAway encontrar-se-á disponível tanto para IOS como para Android de forma"gratuita". Em falta está apenas a integração da app com os serviços de saúde portugueses. Recorde-se que serão os médicos os responsáveis por fazer a ponte entre os infectados com Covid-19 e a aplicação. Ou seja, se uma pessoa testar positivo para o vírus SARS-COV-2, o médico pode aconselhar o doente a fazer parte desta espécie de base de dados, sendo que a sua identidade e/ou localização nunca serão revelados aos utilizadores da StayAway.


Questionado pela RUM sobre como é possível garantir a privacidade dos utilizadores, o docente da academia minhota invoca o facto da app funcionar através de Bluetooth. "Trata-se do mecanismo que permite medir da melhor forma a distância entre pessoas. Para além disso, dá-nos garantias, em termos de privacidade, uma vez que não é possível transmitir muita informação por Bluetooth", explica. 


Por último, outro dos factores técnicos passa pelo consumo de energia. "Se temos a aplicação activa no telemóvel e ele acaba por ficar sem carga devido à app, então, não nos será muito útil, por isso o Bluetooth acabou por ser a melhor opção", afirma. Este é o mecanismo utilizado, a título de exemplo, nos smartwatches.


Uma aplicação que, para José Orlando Pereira, pode ser descrita como "decepcionantemente simples", pois basta autorizar o seu funcionamento. De acordo com o investigador, a StayAway não irá interagir com o utilizador, a menos que este tenha estado em contacto com uma pessoa referenciada. De sublinhar que o facto de ser alertado não significa que esteja infectado com Covid-19. Significa, sim, que deve tomar as devidas precauções. Estas podem passar por recorrer à linha SNS24, ficar em isolamento ou realizar um teste diagnóstico. A StayAway foi testada por cerca de 100 pessoas. 


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