App StayAway Covid chega em Julho aos smartphones

A StayAway Covid, uma aplicação portuguesa que foi desenvolvida no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), já está concluída. Segundo o docente do Departamento de Informática da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e investigador do HASLab, José Orlando Pereira, que é o convidado desta noite do programa UM I&D, a app estará oficialmente disponível a partir dos primeiros dias do próximo mês de Julho.

Em declarações à Universitária, o investigador lembra que a StayAway encontrar-se-á disponível tanto para IOS como para Android de forma”gratuita”. Em falta está apenas a integração da app com os serviços de saúde portugueses. Recorde-se que serão os médicos os responsáveis por fazer a ponte entre os infectados com Covid-19 e a aplicação. Ou seja, se uma pessoa testar positivo para o vírus SARS-COV-2, o médico pode aconselhar o doente a fazer parte desta espécie de base de dados, sendo que a sua identidade e/ou localização nunca serão revelados aos utilizadores da StayAway.

Questionado pela RUM sobre como é possível garantir a privacidade dos utilizadores, o docente da academia minhota invoca o facto da app funcionar através de Bluetooth. “Trata-se do mecanismo que permite medir da melhor forma a distância entre pessoas. Para além disso, dá-nos garantias, em termos de privacidade, uma vez que não é possível transmitir muita informação por Bluetooth”, explica. 

Por último, outro dos factores técnicos passa pelo consumo de energia. “Se temos a aplicação activa no telemóvel e ele acaba por ficar sem carga devido à app, então, não nos será muito útil, por isso o Bluetooth acabou por ser a melhor opção”, afirma. Este é o mecanismo utilizado, a título de exemplo, nos smartwatches.

Uma aplicação que, para José Orlando Pereira, pode ser descrita como “decepcionantemente simples”, pois basta autorizar o seu funcionamento. De acordo com o investigador, a StayAway não irá interagir com o utilizador, a menos que este tenha estado em contacto com uma pessoa referenciada. De sublinhar que o facto de ser alertado não significa que esteja infectado com Covid-19. Significa, sim, que deve tomar as devidas precauções. Estas podem passar por recorrer à linha SNS24, ficar em isolamento ou realizar um teste diagnóstico. A StayAway foi testada por cerca de 100 pessoas. 

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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Carolina Damas
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