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Tiago Barquinha Gonçalves/RUM
Tiago Barquinha

Desporto 24.07.2023 12H08

Torneio Cidade de Famalicão muda-se para Vale S. Cosme e bate recorde de inscrições

Escrito por Tiago Barquinha
Lelys Martinez, quatro vezes vencedor da prova, é o cabeça de série.
As declarações do diretor do torneio, Mário Oliveira.

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A Associação Académica Didáxis (A2D) organiza a 10ª edição do Torneio Internacional Cidade de Famalicão. Na prova de xadrez, que começa esta segunda-feira e se prolonga até domingo, participam 135 atletas de 10 países, ultrapassando o recorde anterior, 120.


O principal destaque é a mudança de local. Depois da Biblioteca Camilo Castelo Branco durante oito anos e do Pavilhão das Lameiras, nos últimos dois, o evento passa a realizar-se no pavilhão do Centro de Inovação, Investigação e Ensino Superior de Vale São Cosme. Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, o fundador e coordenador do emblema organizador fala de “uma edição marcante para toda a gente”, já que vai decorrer no sítio onde o Núcleo de Xadrez Vale S. Cosme - Didáxis, agora integrado na A2D, nasceu, em 2003/2004.


Além disso, destaca Mário Oliveira, “as salas são mais amplas e agradáveis para a prática da modalidade”, havendo algumas reservadas para a análise de jogos, o que vai potenciar o trabalho na “vertente formativa”, em paralelo com a competitiva. Em termos logísticos existem também vantagens, nomeadamente com a cantina, que providencia almoços e jantares aos participantes e acompanhantes, e “uma zona de estacionamento mais alargada”.



Prize money de 4.000 euros


Os três principais cabeças de série do torneio representam o Grupo Desportivo Dias Ferreira, de Matosinhos: o cubano Lelys Martinez, quatro vezes vencedor da competição, o búlgaro Vladimir Petkov e o espanhol Ibragim S. Khamrakulov, antigo campeão do mundo juvenil, representando, na altura, o Uzbequistão.


A seguir ao norte-americano Alejandro Moreno, surge, em quinto, o melhor português, António Fernandes. O recordista nacional de títulos absolutos, com 16, que participa individualmente, terá a companhia do pai, Júlio Santos (Clube EDP – Lisboa), com 93 anos, o mais velho em prova. Para o também diretor do torneio, trata-se de “um exemplo para o xadrez nacional”, mostrando que é “um desporto para as famílias” e que "promove a intergeracionalidade”. O mais novo, com sete anos, é Francisco Silva, da equipa da casa, a A2D.


O prize money está cifrado nos 4.000 euros. Além dos dez primeiros lugares em termos absolutos, os prémios são estratificados por idade, com os veteranos (vencedores de +50 e +65), género, com o feminino (primeiro, segundo e terceiro lugares) e pelo ranking Elo, método estatístico utilizado para se calcular a força relativa entre jogadores de xadrez (sub-2.200, sub-2.000, sub-1800 e sub-1.500).


De acordo com Mário Oliveira, este torneio, inserido no Portugal Chess Tour e considerado o evento desportivo de Famalicão em 2022 pela Câmara Municipal, é “uma imagem de marca do xadrez nacional”, sobretudo no que diz respeito às clássicas. “Cada jogador tem uma hora e meia para terminar a partida, com um acréscimo de 30 segundos por cada lance. As pessoas ligadas à modalidade dizem que isto é que é o verdadeiro xadrez”, vinca, enaltecendo a dimensão analítica a esta vertente.

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