Regional 16.09.2020 17H48
Escassez de funcionários para acompanhar crianças com autismo gera preocupação
A escola primária supera o rácio de funcionários por aluno, mas tanto o presidente da Junta de Freguesia como a vereadora da Educação consideram que é necessária uma resposta mais profunda.
O presidente da Junta de Freguesia de Gualtar refere que o número de funcionários na EB1 é insuficiente para fazer face aos alunos com necessidades educativas especiais. Em resposta, a Câmara Municipal de Braga já mostrou disponibilidade para ajudar, embora defenda que o Governo é o principal responsável pela situação.
Neste momento, a escola primária tem três assistentes operacionais destacados para 13 crianças com perturbação do espectro do autismo. Devido à pandemia, as turmas funcionam como 'bolhas', não podendo haver contacto com alunos fora do respectivo grupo. Atendendo às características destas crianças, em que é “preciso um acompanhamento individualizado”, João Vieira destaca a importância de haver uma resposta mais adequada.
"Esperamos que, em breve, juntamente com a Câmara Municipal e com o agrupamento, o assunto esteja resolvido para os pais ficarem descansados”, afirma, acrescentando que seriam necessários sete ou oito funcionários dedicados a estes alunos.
Tal como no ano passado, o rácio de assistentes operacionais por criança supera o que é exigido. No entanto, a vereadora da Educação reconhece que tem de ser dada “uma resposta de maior qualidade”. Imputando responsabilidades à Segurança Social e ao Ministério da Educação, Lídia Dias garante, ainda assim, que está disponível para ajudar a resolver a situação.
“Vamos tentar dotar a escola, seja através de recursos humanos, o que acho difícil, ou de compensações financeiras à junta de freguesia ou outras entidades que tenham essa responsabilidade para que se possa actuar de outra forma”, explica.