Um oficial do Hamas anunciou, esta quarta-feira, que o movimento vai libertar todos os reféns com cidadania russa, independentemente do acordo que possa ser feito com Israel para estender a trégua.

O acordo de trégua para a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos inclui apenas mulheres e crianças.

Trata-se, segundo Mousa Abu Marzook, citado pelo jornal israelita Haaretz, de um "tributo" ao presidente russo, Vladimir Putin.

Em outubro, chegou a falar-se de oito reféns russos, mas o número pode ser menor. Na lista de reféns a libertar esta quarta-feira, já comunicada ao Governo de Israel, há dois cidadãos russos e 10 israelitas.

Graças a uma trégua, que teve o Qatar como principal mediador, desde a passada sexta-feira o Hamas libertou diariamente cerca de uma dezena de mulheres e crianças enviadas para a Faixa de Gaza na sequência do ataque de 7 de outubro, em troca da libertação de três vezes mais prisioneiros palestinianos, na maioria mulheres e adolescentes.

Israel declarou guerra ao Hamas a 7 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, que incluiu o lançamento de mais de 4000 foguetes e a infiltração de perto de 3000 militantes, que mataram cerca de 1200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelitas próximas da Faixa de Gaza.

Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo Hamas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.

c/TSF