UMinho cai para o intervalo 501 a 600 do ranking de Shanghai

A Universidade do Minho caiu para o intervalo 501 a 600 do ranking de Shanghai. A lista com os resultados do Academic Ranking of World Universities 2024 foi publicada esta sexta-feira.
Nos últimos anos, a UMinho tem conseguido manter a posição no intervalo 401 a 500, contudo, este ano passou para o intervalo 501 a 600. Esta é a nona presença consecutiva da instituição entre as melhores instituições de ensino superior do Mundo.
A melhor universidade portuguesa, segundo o ranking, continua a ser Lisboa (201-300) seguida do Porto (201-300). O terceiro lugar vai para a Universidade de Aveiro (401-500). De sublinhar que as três conseguem manter as mesmas posições desde 2022.
A UMinho está em igualdade pontual com a Universidade de Coimbra que também caiu um centena. A fechar a lista, na sexta posição, está a Nova de Lisboa que passou do intervalo 601-700 para o 701-800.
Vice-reitor destaca diferença de investimento no ensino superior entre academias europeias e asiáticas
Em reação à RUM, o vice-reitor para Investigação e Inovação, Eugénio Campos Ferreira, frisa o aumento da competição com 2.500 academias mundiais a integrar o ranking, sendo que muitas delas apresentam investimentos elevados como é o caso das instituições asiáticas.
Outro dos parâmetros em que a UMinho teve dificuldades está relacionado com as publicações, no último ano, nas revistas Nature e Science.
“As universidades europeias têm enormes dificuldades em ser competitivas face ao crescimento significativo de instituições da Ásia. No que toca ao número de cientistas altamente citados estamos bem. Este parâmetro tem um peso de 20% na posição final e nós contamos com três”, realça.
A falta de transparência dos dados utilizados para avaliar os diferentes parâmetros é um dos argumentos levantados. O vice-reitor dá o exemplo da “Declaração de Barcelona que vem contestar e sugerir a utilização de dados abertos para o cálculo destes indicadores”. O responsável confessa que não ficaria surpreendido que nos próximos tempos venham a surgir novos rankings, mas com dados escrutináveis.
Nós devemos ver os rankings como mais um veículo de partilha de informação e não o mais importante para o posicionamento do desempenho da investigação na universidade
Questionado sobre se este resultado poderá ter efeitos na captação de estudantes internacionais, Eugénio Campos Ferreira não coloca essa possibilidade de parte, porém, considera que um “aluno bem informado” terá capacidade de filtrar a importância deste ranking e procurar informação adicional de suporte à sua decisão.
O Ranking de Shanghai, o mais antigo e um dos mais prestigiados rankings internacionais, utiliza um conjunto de seis indicadores independentes para avaliar mais de 2.500 universidades nas suas dimensões de ensino e investigação.
Os três primeiros lugares do ranking de Shanghai são ocupados por universidades dos Estados Unidos da América: Harvard, Stanford e Massachusetts. Segue-se na quarta posição a Universidade de Cambrige, do Reino Unido. A primeira academia europeia a entrar na lista é a Paris-Saclay University.
A lista completa e as metodologias usadas para a avaliação podem ser consultadas aqui.
